Líder interino empossa ministros em Honduras; Zelaya irá à ONU

Líder interino empossa ministros em Honduras; Zelaya irá à ONU

O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, deu posse na tarde desta segunda-feira, 29, a cinco ministros de seu gabinete, um dia depois de Manuel Zelaya ter sido retirado à força da chefia de Estado e do país pelas Forças Armadas locais. Em um ato realizado com atraso de várias horas devido a de um corte elétrico, Micheletti empossou Enrique Ortez Colindres como ministro das Relações Exteriores, cargo para o qual já havia sido nomeado desde domingo. Zelaya comparecerá na terça-feira à Assembleia Geral das Nações Unidas para explicar a situação de seu país após o golpe militar.

O novo presidente também designou Gabriela Núñez como ministra de Finanças; Adolfo Sevilla para a pasta de Defesa; Nicolás García, na de Trabalho; e Desiré Rosales, como ministra do Conselho Hondurenho de Ciência e Tecnologia. "Zelaya deve se dirigir amanhã à Assembleia para falar sobre a situação de Honduras", disse Enrique Yeves, o porta-voz do presidente desse órgão, no qual o presidente hondurenho deposto discursará a partir das 12h de Brasília.

Além das nomeações, o novo presidente anunciou a confirmação de Karen Zelaya na Secretaria de Cooperação Internacional. Ela já ocupava o cargo no gabinete do governante deposto. Micheletti explicou que o restante de novos ministros será nomeado ao longo desta semana, sem precisar datas.

"Estamos dentro de um regime jurídico" e legal, disse o novo chanceler após o juramento. Já o novo ministro da Defesa assegurou que "as Forças Armadas garantem que haverá eleições e que em janeiro haverá um novo presidente", em alusão ao pleito geral marcado para novembro.

No domingo, Micheletti foi nomeado pelo Congresso como presidente de Honduras após a expulsão de Zelaya, que foi destituído pelo Parlamento ao ser acusado de violar normas constitucionais e de impulsionar um referendo ilegal. Até o momento, nenhum país reconheceu o Executivo de Micheletti como legítimo.

Nesta segunda-feira, Zelaya participou de reuniões em Manágua, entre presidentes centro-americanos, da Alternativa Bolivariana para os Povos das Américas (Alba) e do Grupo do Rio, que buscam sua reinstalação no poder. Os presidente dos países da Alba concordaram, por unanimidade, em retirar seus embaixadores de Honduras. A medida valerá até que o chefe de Estado deposto seja "restituído incondicionalmente."

Os presidentes de Venezuela, Hugo Chávez, de Nicarágua, Daniel Ortega, e do Equador, Rafael Correa, assim como o ministro de Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, comunicaram em entrevista coletiva em Manágua que também decidiram não aceitar nenhum diplomata de Honduras em seus respectivos países.

A Alba é integrada por nove países da região, entre eles Venezuela, Equador, Bolívia, Nicarágua, Honduras, Cuba e outros do Caribe. Enquanto isso, permanecem os apagões na capital hondurenha e nas principais cidades do país e vigora um toque de recolher, das 21h às 6h, imposto pelas Forças Armadas.

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