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A pequena Anna Luísa Lira Fernandes completou doze meses de vida no dia 16/5, mas passou apenas 15 dias em sua casa durante esse período. Os demais meses foram passados nos leitos das UTIs Neonatais da Santa Casa de Araçatuba, lutando contra problemas decorrentes da prematuridade, ou na Pediatria, em tentativas de estabilização para poder voltar para casa, o que, até o momento, ainda não foi possível.
No dia em que completou seu primeiro ano de vida, por exemplo, terça-feira, a bebê ainda estava internada na UTI Neonatal e Pediátrica, onde está desde que precisou passar por duas cirurgias de emergência para reparar uma ruptura no intestino, ocorrida durante um grave quadro de infecção.
Para tornar seu 350º dia de internação mais suave, enfermeiros, médicos, fisioterapeutas e outros profissionais que atuam na Neonatal 1, unidade na qual ela é querida e considerada muito especial, proporcionaram uma festa para a paciente. Seu leito foi decorado com balões e doces providenciados pela equipe, e um bolo de aniversário foi doado por um confeiteiro.
"Fico muito feliz em ver o quanto ela é amada por todos", afirmou Milena Vitória Lira Barreto, mãe de Anna Luísa. Quando a filha nasceu, Milena tinha 17 anos e nunca havia passado por algo assim, conforme ela relembra o início de sua luta ao lado da bebê.
O parto ocorreu na trigésima quinta semana de gestação e, devido à prematuridade, Anna Luísa foi internada na UTI Neonatal 2, exclusiva para bebês prematuros. "Ela ficou 18 dias lá e durante esse período sofreu uma hemorragia cerebral e teve uma infecção", relata a mãe.
Com a melhora de seu quadro clínico, a bebê recebeu alta e foi para casa, mas ficou apenas 15 dias com sua família. "Ela passou mal e precisou ser internada novamente, passando por vários exames", conta Milena.
Os resultados dos exames revelaram a batalha que a pequena Anna Luísa enfrentaria: hipertensão pulmonar primária e fibrose pulmonar de causa desconhecida, condições que a mantêm dependente de um cateter nasal 24 horas por dia. A bebê também foi diagnosticada com surdez congênita.
"Nesses 12 meses, aprendi muito sobre responsabilidade e amadurecimento", define Milena, que agora tem 18 anos e dedica-se integralmente à filha. "Eu trabalhava, mas fui demitida porque passava muito tempo com a bebê na Santa Casa".
Embora tenha apresentado melhoras nas últimas semanas, ainda não há previsão de alta hospitalar para Anna Luísa. Quando isso acontecer, sua casa precisará ser adaptada para recebê-la, mas isso não preocupa sua mãe, pois ela conta com o Plano de Saúde Santa Casa, que já garantiu o atendimento domiciliar (home care), informa Milena.
O carinho que as equipes da Neonatal 1 dedicam a Anna Luísa é uma das motivações que fortalecem sua mãe na luta que começou há 12 meses. "A festinha que as meninas fizeram significou muito para mim", afirmou Milena.
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