Duas horas depois de muita tensão e confusão, a delegação do Grêmio conseguiu sair do Mineirão. O atacante do clube gaúcho Maxi López e o volante do Cruzeiro Elicarlos prestaram depoimento na delegacia do estádio e foram liberados em seguida.
Depois da partida disputada na quarta-feira à noite, válida pela semifinal da Copa Libertadores e vencida pelo Cruzeiro por 3 a 1, Elicarlos procurou a delegacia local e alegou que foi ofendido verbalmente por López com dizeres racistas que poderiam conjugar injúria qualificada.
"Maxi López alega que foi uma coisa normal do futebol e que não usou termo depreciativo, argumentando que não tinha condições de se expressar desta maneira em português", disse o delegado Daniel Barcellos, explicando que Elicarlos manteve sua versão e que não foi feita qualquer acareação para confrontar as versões.
Por enquanto não há indiciamento do jogador argentino. Barcellos explicou que isso só ocorrerá no fim da investigação. Um inquérito policial vai ser instaurado para verificar se houve o crime de injúria qualificada.
"No momento são conflitos de versões. Ao final é que se poderar falar em indiciamento. Maxi López foi liberado e se for preciso ouvi-lo de novo podemos ouvir por meio de carta precatória", explicou o delegado.
Na saída da delegacia, tanto Elicarlos quanto Maxi López saíram protegidos por seguranças e não concederam entrevistas. Segundo a Rádio Gaúcha, na chegada da delegação gremista ao hotel em que está hospedada em Belo Horizonte, o jogador argentino foi recebido aos gritos de "racista" por alguns torcedores do Cruzeiro que estavam presente. Maxi López foi direto para o elevador do hotel sem conversar com a imprensa.
