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Uma métrica de rastreamento da participação dos mineradores de Bitcoin (BTC) no mercado ficou negativa em 5 de fevereiro pela primeira vez desde novembro, de acordo com o último relatório da plataforma de análise de dados on-chain Glassnode, acendendo um sinal de alerta para os traders.
As posições líquidas dos saldos dos mineradores em uma janela de 30 dias mostra que eles venderam mais moedas do que as acumularam ultimamente. Isso pode ser o sinal de que alguns mineradores estão precisando levantar capital para arcar com os custos de suas operações, sugere reportagem da Bloomberg publicada na sexta-feira.
Ao longo da história do Bitcoin o comportamento dos mineradores muitas vezes forneceu indicações precisas sobre os rumos do mercado. No recuo de mais de 50% de julho de 2021, os mineradores tiveram um papel decisivo no movimento que empurrou o Bitcoin para mínimas inferiores a US$ 30.000. Ou, como lembrou Charles Edwards, CEO da gestora de ativos Capriole em reportagem do Cointelegraph Brasil:
Risco atual
Antes e depois da mais recente queda, os mineradores seguiam aumentando seus estoques, mesmo quando os preços chegaram a US$ 35.000, segundo uma pesquisa da Delphi Digital. No entanto, agora isso começou a mudar.
Recentemente com o Bitcoin ainda 38% abaixo da máxima histórica de novembro, os mineradores cujos custos operacionais são mais altos começam a ficar sob pressão para lidar com seus saldos em caixa ao mesmo tempo que necessitam investir em equipamentos mais poderosos à medida que a taxa de hash atinge novos recordes históricos e a dificuldade para minerar novas moedas aumenta.
As ações das maiores mineradoras estão se recuperando das baixas da recente liquidação. Marathon Digital Holdings Inc., Riot Blockchain Inc., Stronghold Digital Mining Inc. e Hut 8 Mining Corp. subiram mais de 40% em relação às baixas de janeiro. Mas os pools de mineração com operações mais modestas podem estar realizando vendas estratégicas.
Ouvidos pela reportagem da Bloomberg, os representantes da Marathon e da Hut 8 disseram garantiram que têm mantido mãos de diamante na mais recente queda. “Começamos a vender em outubro de 2020 e, desde então, não vendemos um único satoshi sequer”, disse Charlie Schumacher, porta-voz da Marathon Digital.
Da mesma forma, Sue Ennis, chefe de relações com investidores da Hut 8 Mining, disse: “Acreditamos no Bitcoin. Alguns mineradores vendem Bitcoin ou o usam para pagar despesas. Nós mantemos ou ‘hodl’ os nossos.”
As mineradoras de Bitcoin situadas nos EUA estão em fase de expansão, especialmente depois do banimento da atividade na China. Muitos investimentos em equipamento e fontes energéticas alternativas têm sido feitos para melhorar a eficiência econômica e ambiental da cunhagem de novos BTCs.
No entanto, dado o atual cenário macroeconômico, há “pouca margem de erro” em termos operacionais para manter a atividade lucrativa este ano, ao contrário do que ocorreu em 2021, disse Lucas Pipes, analista da B. Riley. “As máquinas ficaram muito mais caras. Se você pretende aumentar seu exahash para um determinado nível, terá que investir 20% a 30% a mais para chegar lá”, disse ele, referindo-se à taxa de hash do Bitcoin.
Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, os custos de produção dos mineradores são de cerca de US$ 34.000 por BTC. Abaixo desse valor, a atividade passa a tornar-se não lucrativa. Dados sobre o crescimento das vendas de Bitcoin por parte dos mineradores surgiram mais ou menos em concomitância com o reteste do suporte nesta faixa de preço entre 22 e 24 de janeiro.
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