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Maior empresa automotiva chinesa
de capital 100% privado, a GWM investirá mais de R$ 10 bilhões para trazer uma
nova era à indústria automotiva brasileira. Serão dois ciclos de investimento na
sua fábrica em Iracemápolis, em São Paulo: cerca de R$ 4 bilhões de 2022 a 2025
e R$ 6 bilhões entre 2026 e 2032, com geração de 2.000 empregos diretos até
2025.
A GWM vem ao país para montar a sua maior base de produção fora da
China, com o objetivo de se tornar um centro de exportação para a América
Latina e ajudar a desenvolver o mercado brasileiro, oferecendo tecnologia
eletrificada e inteligente em seus produtos em uma fábrica completamente
modernizada, além de estimular a indústria local de fornecedores com a
nacionalização de componentes e de criar uma rede de eletropostos.
“O mercado brasileiro não é apenas o líder na América Latina, mas
também um dos dez maiores mercados onde a GWM inicia a produção local fora da
China. O Brasil é definitivamente nosso pilar estratégico para fazer acontecer
a nossa meta para 2025”, afirma Koma Li, Chief Operating Officer (COO) da GWM
Brasil.
Operação no Brasil
No Brasil, a GWM vai lançar uma linha de produtos que terá somente
SUVs e picapes híbridos e elétricos. A escolha por esses dois segmentos foi
feita para atender o desejo do consumidor brasileiro. Afinal, no ano passado,
no País, houve crescimento de 26% na venda de SUVs e de 25% no segmento de
picapes, de acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição
de Veículos Automotores).
Considerada a sétima montadora mais valiosa do mundo em outubro de
2021, a GWM é líder entre os utilitários esportivos médios no mercado chinês, o
maior do mundo, com o modelo Haval H6, por 11 anos seguidos. A empresa também
ostenta o título de quarta maior fabricante global de picapes médias, segmento
que ela lidera na China há 24 anos consecutivos, onde a montadora tem uma
participação acima de 50%.
No Brasil, a operação será realizada em Iracemápolis, interior de São
Paulo, a 170 quilômetros da capital. A fábrica será totalmente modernizada,
terá sistema de produção inteligente e capacidade de produção instalada de 100
mil veículos por ano, com expectativa de faturamento anual de R$ 30 bilhões em
2025.
Veículos eletrificados com alto
nível de tecnologia
A GWM chega ao Brasil para inaugurar uma nova era da indústria
automobilística. Mais do que uma montadora, será uma autotech e
oferecerá tecnologia tanto com plataformas eletrificadas (híbridos, híbridos
plug-in e veículos elétricos), como também plataformas inteligentes de
conectividade.
Os veículos com motorização híbrida vão unir sustentabilidade e o
prazer de dirigir com opções de configuração que variam de 230 cv a 430 cv de
potência e 410 Nm a 762 Nm de torque. Na prática, esses números se traduzem em
aceleração de 0 a 100 km/h de 7,2 segundos a apenas 4,8 segundos e consumo de
combustível de 75 km/l a inacreditáveis 208 km/l no uso combinado do motor
elétrico com o motor a combustão como apoio.
Esses valores de consumo só são possíveis porque a GWM vai
oferecer no Brasil o híbrido plug-in com a maior autonomia elétrica do mundo,
de 200 quilômetros. Esse modelo ainda é capaz de recarregar 80% da sua bateria
em apenas 30 minutos.
“A GWM nasce como líder na produção de veículos inteligentes de
nova energia. A marca oferece a experiência de dirigir um carro elétrico com a
tranquilidade de ter o suporte de um motor a combustão para longas distâncias.
Isso gera a potência e o torque inigualáveis do carro elétrico e um baixíssimo
consumo por conta do apoio da bateria”, explica Oswaldo Ramos, Chief Commercial
Officer (CCO) da GWM Brasil.
Outra novidade tecnológica é que a GWM já está iniciando parcerias
para estudos de uso de etanol como fonte de geração de hidrogênio para veículos
com célula de combustível.
"A GWM é a primeira empresa na China que forma parte da
Comissão Internacional do Hidrogênio e tem vários projetos de pesquisa para as
diferentes aplicações desse gás como elemento de propulsão. Pretendemos
utilizar a unidade no Brasil como base de conhecimento na realização de acordos
com Universidades e Centros Tecnológicos Brasileiros visando desenvolver
pesquisa que, por exemplo, inclua o uso do etanol como fonte de hidrogênio”,
comenta Pedro Bentancourt, Chief Relations Officer (CRO) da GWM Brasil.
Todos os modelos produzidos no Brasil terão recursos de
conectividade e sistemas semiautônomos de segurança Nível 2 de série, além de
permitir o uso do comando por voz para controlar as funções do veículo, como
fechar vidros ou abrir o teto solar. Os veículos da GWM no Brasil também
estarão prontos para suportar o recurso de conectividade 5G.
A GWM desenvolveu o primeiro sistema de veículo híbrido do mundo
que conta com a tecnologia de atualização Over The Air (OTA), que trará
atualizações de software e firmware pelo ar para o carro, não só para o
multimídia, mas para todo o sistema do veículo, como módulos dos motores e
hardware de direção semiautônoma.
Três marcas, uma para cada linha
de produto
Para diversificar a atuação da montadora no Brasil e poder oferecer
a melhor opção para cada perfil de consumidor, a GWM vai contar com três
marcas, uma para cada linha de produtos. A Haval vai comercializar apenas SUVs
on-road inteligentes, a Tank contará com SUVs off-road de luxo e a Poer terá
picapes inteligentes.
Até 2025, no primeiro ciclo de investimento, serão lançados 10
modelos, com previsão de chegada do primeiro veículo no quarto trimestre deste
ano, como importado, enquanto o primeiro veículo produzido no Brasil será
lançado no segundo semestre de 2023. O lançamento no mercado brasileiro contará
apenas com a próxima geração de modelos globais, que ainda não foi apresentada
em nenhum mercado do mundo e já está sendo desenvolvida levando em consideração
as exigências da realidade dos consumidores brasileiros.
Em um segundo momento, virá a linha Ora, uma marca premium
exclusivamente movida a bateria. Ela será a primeira marca pura 100% de carros
elétricos no Brasil.
Estímulo à
indústria brasileira
A unidade de Iracemápolis será a quarta base completa de produção
da GWM no mundo, a primeira da América Latina e também um centro de exportação
para todo o continente americano. A fábrica passará por uma modernização
inicial até o final de 2022, que incluirá processos digitais na produção e
linha de montagem inteligente.
A empresa anuncia que apoiará a cadeia brasileira de fornecedores,
realizando investimentos e promovendo o desenvolvimento da indústria local.
Haverá um plano para produzir peças localmente, com o objetivo de alcançar um
índice de nacionalização de 60% até 2025. A GWM Brasil também tem como meta o
suporte à criação de uma rede de eletropostos com parcerias locais ou operação
direta nos principais centros urbanos até 2025.
GWM no mundo e as metas para 2025
Fundada em 1984, a empresa tem atuação global, que envolve mais de
60 países, 70 mil funcionários e conta com 10 centros de P&D (Pesquisa e
Desenvolvimento) espalhados por sete nações ao redor do mundo. Desde o início
da operação da marca até agora foram vendidos mais de 5 milhões de SUVs
(utilitários esportivos) e 2 milhões de picapes globalmente.
Em 2021, a empresa comercializou 1,28 milhão de veículos no mundo,
um crescimento de 15,2% sobre o ano anterior. Para 2025, a previsão é atingir 4
milhões de veículos, sendo 85% deles Veículos de Nova Energia (eletrificados),
com um faturamento estimado em US$ 95 bilhões.
Para atingir esse objetivo, o investimento global acumulado em
P&D em cinco anos será superior a US$ 15 bilhões. Até 2023, a equipe global
de P&D dobrará das atuais 15 mil para 30 mil pessoas. Entre elas, o número
de técnicos especializados em desenvolvimento de software chegará a 10 mil.
É devido a esse forte investimento em pesquisa que a empresa é
hoje fornecedora de baterias para outras montadoras, por meio da sua
subsidiária SVOLT, e também de plataformas eletrificadas por meio da sua joint
venture com a BMW, chamada Spotlight Automotive.
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