Diretor da CIA diz que EUA tentam fechar o cerco a Bin Laden no Paquistão

Diretor da CIA diz que EUA tentam fechar o cerco a Bin Laden no Paquistão

A CIA acredita que o terrorista saudita Osama bin Laden ainda está no Paquistão, disse nesta quinta-feira o diretor da agência de inteligência dos Estados Unidos, Leon Panetta. Ele afirmou que a agência espera fechar o cerco contra Bin Laden à medida em o Exército paquistanês expanda o controle sobre as regiões tribais no noroeste do país, onde ele pode estar escondido.

O chefe da inteligência americana falou a jornalistas depois de discursar no Congresso americano que encontrar Bin Laden continua a ser uma das principais prioridades da CIA.

"Uma das nossas esperanças é que, à medida em que os militares paquistaneses avançam, em combinação com as nossas ações, possamos ter uma melhor chance de pegá-lo ", disse Panetta.

Bin Laden, que está sendo alvo de uma caçada promovida pelos americanos desde os atentados de 11 de setembro de 2001 --que mataram cerca de 3.000 nos EUA--, emitiu mensagens de áudio e vídeo ao longo dos anos que demonstram que ele ainda está vivo. Na época dos ataques, atribuídos à Al Qaeda, o terrorista saudita e seu grupo eram "hóspedes" dos talebans, que dominavam o Afeganistão, mas desde que o país foi invadido pela coalizão liderada pelos EUA, em outubro de 2001, os serviços de inteligência acreditam que ele buscou refúgio nas regiões tribais do lado paquistanês da fronteira entre os dois países.

Panetta disse que a rede Al Qaeda "continua a ser a mais grave ameaça" para os Estados Unidos e que os seus líderes da organização, principalmente no Paquistão, continuam planejar ataques contra os EUA.

Ele afirmou que a CIA aumentou o número de funcionários na região e recrutou agentes ou moradores locais que fornecem informações.

"Temos um número de pessoas que estão em campo, no Paquistão, que estão no ajudando. fornecendo alvos que estão nos ajudando fornecendo informação de que realmente precisamos para perseguir a Al Qaeda", disse o chefe da CIA.

Panetta disse que a ofensiva paquistanesa no vale do Swat está alcançando progressos muito bons em comparação com os esforços recentes do Paquistão para combater os extremistas. Os militares do país informaram ter matado mais de 1.300 militantes durante a ofensiva lançada há um mês contra o domínio do grupo fundamentalista Taleban sobre o vale e regiões vizinhas. A ação contra o Taleban aconteceu depois que os EUA pressionaram o governo paquistanês a agir diretamente contra os extremistas islâmicos,em vez de continuar com a política, adotada principalmente após 2006, de fazer acordos de paz com líderes talebans. Essa estratégia tinha levado o grupo a assumir o comando de fato de vastas regiões do país.

Lançada em abril, quando o Taleban já avançara até o distrito de Buner, a menos de 100 km da capital paquistanesa, Islamabad, a ofensiva em Swat aparentemente está sendo bem sucedida, mas teve o efeito colateral de elevar o número de refugiados no Paquistão, que, segundo a ONU, chega a 2,5 milhões.

Panetta disse que a CIA está consciente de que, uma vez que se veja cercada no Paquistão, a rede Al Qaeda poderia transferir os seus dirigentes para outros países, como o Iêmen e a Somália, que têm grandes partes do território sem controle dos governos.

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