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A Air France informou esta manhã que a partir do próximo domingo, 7, o Voo AF 447, entre os aeroportos Galeão (Rio de Janeiro) e Charles de Gaulle (Paris), receberá a numeração AF 445. O Voo AF 444 entre Paris e Rio de Janeiro mantém a numeração.
Nesta sexta, o governo francês lamentou a notícia de que os destroços não eram do Airbus. Em uma entrevista à rádio francesa RTL, o secretário francês de Transportes, Dominique Bussereau, disse que a revelação é uma "má notícia". "É evidentemente uma má notícia. Teríamos preferido que fosse do avião e que tivéssemos informações", disse Bussereau.
Mas ele rejeitou a sugestão de que as autoridades brasileiras tenham se apressado ao relacionar a peça à aeronave. "Os brasileiros estão aportando uma ajuda de grande valor. Não é o caso de criticar aquelas e aqueles que estão conosco irmanados na dor", disse o secretário, reagindo à sugestão do entrevistador de que as autoridades brasileiras teriam sido "levianas".
Velocidades incoerentes
As declarações do secretário francês foram dadas horas antes de a agência francesa que investiga o acidente divulgar que havia uma "incoerência" nas informações de velocidade medidas pelos aparelhos do avião. Em um comunicado à imprensa, o Centro de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês) afirmou que é possível estabelecer, "a partir da avaliação das mensagens automáticas transmitidas pelo avião, uma incoerência das diferentes velocidades medidas".
A aeronave possui diferentes aparelhos para mensurar a velocidade, e os investigadores disseram que havia "uma incoerência entre essas velocidades". Ainda segundo o comunicado, a investigação permite confirmar que o avião voava em uma zona de forte tempestade no momento em que teria ocorrido o acidente.
A nota diz que "esses são os únicos elementos estabelecidos" e pede que se evitem "todas as interpretações apressada ou especulação".
Na quinta-feira, o diretor do BEA, Paul-Louis Arslanian, afirmou que "qualquer pista sobre o desaparecimento do avião no Oceano Atlântico é "prematura".
"Há um exagero de informações, em todas as direções, que são mais ou menos verdadeiras, mais ou menos validadas com extrapolações e tentativas de explicações", afirmou.
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