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O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (3) manter a proibição do serviço de telemarketing
nas eleições. Por maioria, os ministros decidiram manter a validade da Resolução 23.404/2014,
da Justiça Eleitoral, aprovada em fevereiro de 2014, que proibiu candidatos de utilizarem serviços
de telemarketing para pedir votos aos eleitores.
A ação contra a norma foi protocolada pelo PTdoB, em 2014. O partido pedia a flexibilização da
resolução para permitir que o serviço de telemarketing fique restrito apenas das 8h às 22h.
O julgamento teve início no mês passado, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro
Luiz Fux. Ao proferir voto nesta tarde, Fux, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), se manifestou pela validade da resolução.
"A propaganda por telefone é infinitamente mais invasiva e incômoda que o envio de e-mails e
mensagens, porque envolvem a emissão de sinais sonoros e é mais difícil se desvencilhar",
argumentou.
Também votaram pela validade da norma os ministros, Edson Fachin, relator, Alexandre Moraes,
Rosa Weber, Dias Toffoli, Celso de Mello e a presidente Cármen Lúcia. Marco Aurélio ficou
vencido por entender que o TSE não poderia proibir o serviço. Os ministros Gilmar Mendes,
Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso não participaram da votação.
De acordo com o Artigo 25 da norma, é vedada a realização de propaganda via telemarketing, em
qualquer horário, por violar a intimidade e a vida privada dos cidadãos.
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