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A decisão tomada pela Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC, sigla em inglês) que acabou com a neutralidade de rede - regra que garantia internet livre e aberta para todos os usuários nos EUA - colocou os provedores de serviço de internet e as companhias que controlam redes sociais e serviços de conteúdo em lados opostos. Facebook, Amazon e Netflix prometeram acionar o Congresso para reverter a medida.
Por outro lado, a revogação teve amplo apoio entre as companhias americanas Comcast, Verizon e AT&Tm que atuaram junto ao governo de Donald Trump a favor do fim da neutralidade da rede. A medida só entrará em vigor no próximo ano e até lá as empresas contrárias prometem se aliar a entidades de proteção civil para tentar barrar a mudança na Justiça e provocar o Congresso para votar uma medida que devolva o acesso igualitário à rede mundial de computadores.
Além da via judicial, há a chance de devolver a neutralidade da rede por meio do Congresso. E entidades de direitos civis já se articulam nas redes sociais para tal. O site de petições on line Change.org, por exemplo, já recolheu quase 3 milhões de assinaturas na internet para que a mudança seja revertida. E parlamentares democratas também já se articulam para levar o assunto ao Congresso.
Em Nova York
Em outra frente, o procurador geral de Nova York, Eric Schneiderman, disse nessa quinta-feira (14) que irá recorrer à Justiça para reverter o fim da neutralidade de rede. "Os nova-iorquinos merecem uma Internet livre e aberta e é por isso que vamos acionar à Justiça [...], para preservar a proteção para não só nova-iorquinos, como para todos os americanos", afirmou.
Além do procurador de Nova York, entidades de direitos civis comentaram a medida. O diretor da ONG Busca por Progresso, Mark Stanley afirmou em entrevista à Reuters que a revogação da medida confundiu algumas pessoas que associam a revogação ao início de uma era de censura pelo governo.
"A neutralidade da rede não tem absolutamente nada a ver com o controle governamental da internet, mas significa que os provedores de serviços de internet, como a Comcast e a Verizon, não podem controlar o que vemos e fazemos on-line e como nos comunicamos. Eles não podem bloquear determinados sites, ou deixar o serviço lento", afirmou Stanley.
Mas, segundo ele, com a mudança, as operadoras vão poder "limitar o acesso e usar censores online para monitorar acessos. A neutralidade da rede tem em seu núcleo a liberdade de expressão", disse.
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