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Se os heróis de nossos pais morreram de overdose, os nossos
estão morrendo de tristeza e angústia.
Nesta quinta-feira (20), Chester Bennington, vocalista
do Linkin Park, a banda de rock mais popular dos Estados Unidos entre 2000 e
2002, tirou a própria vida aos 41 anos.
O final triste e solitário de um talento tem sido algo
recorrente no mundo da música popular de 2011 pra cá. Amy Winehouse morreu de
overdose em 2011, após anos deixando claro, em músicas, atitudes e declarações,
que precisava de ajuda.
O mesmo podemos dizer sobre Chorão, falecido dois anos
depois.
Champignon tirou a própria vida também em 2013. Ele não
aguentou perder o amigo.
Este ano, já tivemos o suicídio de Chris Cornell, que faria
53 anos nesta quinta, mesmo dia em que o amigo, Chester, resolveu seguir seus
passos.
A depressão atinge, segundo dados atualizados da Organização
Mundial da Saúde (OMS), 322 milhões de pessoas em todo o mundo. Os
registros têm como base o ano de 2015. Em 10 anos, contados a partir de 2005, o
número de atingidos pelo transtorno subiu 18,4%.
Isso quer dizer que 4,4% da população mundial é depressiva.
No Brasil, o número é ainda maior. 5,5% dos nossos está em
depressão, algo em torno de 11,5 milhões de pessoas.
É como se cidade de São Paulo, que tem 12,5 milhões de
cidadãos, estivesse completamente depressiva.
Nós vivemos no país com maior prevalência de depressão na
América Latina, além de sermos campeões no ranking internacional de ansiedade,
com 9,3% da população, ou 18,6 milhões, sofrendo com o problema.
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