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Hackers invadiram os computadores de companhias pelo mundo
afora - incluindo a Telefônica, que tem operações no Brasil - nesta sexta-feira
e exigem resgate para liberarem os sistemas de computação.
O ataque teria sido se iniciado na China e ocorrências foram registradas na
Espanha, Rússia, Japão, Turquia, Filipinas, Alemanha e no Reino Unido - onde o
alvo foram hospitais públicos.
"Houve um alerta relacionado a um ataque maciço de tipo ransomware contra
várias organizações e que está afetando seus sistemas Windows", disse o
Centro Nacional de Criptologia da Espanha, adicionando que um grande número de
empresas foram afetadas. A entidade não identificou quais as empresas sofreram
ataque.
O Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido também informou ter sido
vítima do ataque. Vários hospitais do país afirmaram que os vírus causaram o
cancelamento de consultas e atendimentos.
Resgate para liberar computador
O ransomware é um pequeno programa que se oculta em um arquivo de
aparência inofensiva. Uma vez infectado, o usuário não pode ter acesso a seus
arquivos enquanto não pagar um resgate. No caso do ataque de hoje, o resgate
começaria em US$ 300 (R$ 940) e deveria ser pago em moedas virtuais - as "bitcoins"
- que são mais difíceis de rastrear.
No Brasil, onde a Telefônica é dona da marca Vivo, as equipes estão sem
trabalhar desde 9h. Funcionários da empresa disseram à Rádio Bandeirantes que
um orientação enviada por e-mail obrigou a desligar os computadores. Os prédios
da Chucri Zaidan e da Luis Carlos Berrini, em São Paulo, e um terceiro, na
Barra da Tijuca (Rio de Janeiro) estão com as atividades suspensas. Não há
previsão para que o sistema seja retomado.
Clientes não foram afetados
Por meio de nota, a Telefónica confirma o ataque cibernético, mas garante que o
problema não atinge os serviços de internet, telefone fixo ou celulares.
"As notícias [sobre o ataque] foram exageradas e nossos colegas estão
trabalhando no problema nesse momento", disse Chema Alonso, diretor do
setor de dados da Telefónica e especialista em segurança cibernética.
A unidade espanhola da Vodafone, a companhia de energia elétrica Iberdrola e a
Gas Natural pediram para suas equipes desligarem computadores como medidas de
prevenção, disseram porta-vozes.
"Por enquanto nós não fomos afetados, mas estamos tomando medidas de
precaução como cortar o acesso à Internet dos funcionários", disse o
porta-voz da Vodafone.
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