Perdigão e Sadia assinam acordo de fusão
Os presidentes-executivos e representantes dos acionistas da Sadia e da Perdigão assinaram na noite desta segunda-feira o contrato de fusão das duas empresas

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nova empresa nasce com os apostos de décima maior empresa de alimentos das Américas, segunda maior indústria alimentícia do Brasil (atrás da JBS Friboi), maior produtora e exportadora mundial de carnes processadas e terceira maior exportadora brasileira (atrás de Petrobras e Vale). Com 119 mil funcionários, 42 fábricas e mais de R$ 10 bilhões em exportações por ano, a gigante surge com um faturamento anual líquido de R$ 22 bilhões.
A fusão, informa a reportagem, foi concretizada depois de meses de negociações. A elaboração final do contrato foi marcada por muitas idas e vindas entre advogados e executivos de bancos de investimentos envolvidos no acordo.
Nesta terça, os presidentes dos conselhos da Sadia, Luiz Fernando Furnal, e da Perdigão Nildemar Sanches --que na segunda jantavam em um restaurante em São Paulo enquanto o contrato era assinado-- devem anunciar o negócio oficialmente e esclarecer dúvidas de analistas de mercado e jornalistas.
Também nesta terça, a fusão deve ser comunicada à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) --órgão fiscalizador do mercado acionário--, que deve analisar se a operação foi realizada de acordo com a regulamentação. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão de defesa da concorrência, também precisa aprovar o negócio. Até lá, a estrutura das companhias continua funcionando de maneira independente.