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A partir de quinta-feira (14), a liberação de cargas e de bagagens nas fronteiras, nos portos e nos aeroportos ficará mais lenta. Os auditores fiscais entrarão em operação padrão por tempo indeterminado. Nas
unidades da Receita Federal, os auditores cruzarão os braços dois dias por
semana.
A categoria alega descumprimento do acordo salarial fechado
no fim de março, porque o governo ainda não informou quando enviará ao
Congresso o projeto de lei que reajusta as remunerações e atende a outras
reivindicações não salariais.
Em nota, o Sindifisco Nacional, entidade que representa os
auditores, informou que a reunião de quarta-feira (6) entre representantes da
categoria e o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, terminou sem avanços.
Segundo a nota, não há prazo para o envio do projeto e existem dificuldades
técnicas e jurídicas em relação ao bônus de eficiência previsto no acordo.
Médicos
Conforme o Sindifisco Nacional, a decisão do governo de
instituir uma gratificação para médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) representou o estopim da operação padrão.
Na quinta-feira (7), o governo anunciou o pagamento de R$ 60
por perícia para os médicos que trabalharem além do horário revisando 840 mil
auxílios doença e 3 milhões de aposentadorias por invalidez concedidos há mais
de dois anos.
Por meio da assessoria de imprensa, o Ministério do
Planejamento informou que revisa todos os acordos salariais concedidos na
gestão da presidenta afastada Dilma Rousseff e fez um apelo para que não haja
acirramento nas negociações. A Receita Federal informou que não comenta
mobilizações de servidores.
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