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Mais uma arara canindé morreu em Santa Fé do Sul (SP) após
se enroscar em uma linha de cerol. O caso aconteceu na sexta-feira (31),
e é o segundo em pouco tempo na cidade. Há duas semanas, um animal da
mesma espécie também foi ferido por uma linha de cerol, e também morreu. Os
moradores, que consideram as aves atrações da cidade, pedem providências à
polícia. As informações são do portal G1/TV Tem.
Os dois casos foram parecidos. As aves tiveram a asa cortada
pelo fio e foram resgatadas pelo Corpo de Bombeiros, levadas para atendimento
veterinário e não resistiram aos ferimentos profundos.
O comerciante Percival Gonzales está revoltado com a
situação e pede que as autoridades tomem providências. “As araras estão
presentes na cidade há mais de 6 anos, além de ser muito queridas, os moradores
cuidam muito para preservá-las. As autoridades precisam fazer alguma coisa,
pois não são apenas crianças que estão usando pipa com cerol. A população teme
uma intervenção por conta própria, mas as autoridades não fazem nada”, se
revolta o comerciante.
Segundo ele, após a primeira morte, houve até uma
movimentação da Guarda Municipal, porém durou apenas uma semana. Em frente
à loja dele, existe um tronco de arvore, em que as araras constrõem ninhos.
Turistas que passam pelo local, ou até mesmo fotógrafos, param para registrar o
local, que se tornou um atrativo para quem visita a cidade.
De acordo com o biólogo Sandro Alves Correa, as araras
entram em época de reprodução em dezembro, no entanto, antes desse período,
começam a frequentar a cidade para a construção dos ninhos - o que está
acontecendo agora. “Existem fatores que atraem as araras para nossa
cidade, por exemplo, a perda natural do habitat. Santa Fé é muito arborizada,
principalmente com palmeiras, locais onde elas constroem os ninhos. Os
moradores daqui têm respeito em relação às araras, são até protegidas, por isso
estão muito preocupados com os casos recentes”, explica o biólogo.
O comandante da Guarda Municipal de Santa Fé do Sul,
Everson Merighi Pinha, afirma que as fiscalizações permanecem e que a GM faz o
possível para cobrir todas as regiões. “É impossível cobrir toda a cidade no
caso das araras. Estamos fazendo o posível para evitar incidentes como este mas
precisamos que a população ajude, denunciando e evitando o uso, orientando os
amigos e familiares. Algumas linhas também ficam presas em árvores e acabam
ferindo os animais posteriormente”, explica Pinha.
A multa para quem utiliza linha de cerol varia entre R$ 150
à R$160. Se pegos em flagrante, os suspeitos são levados para o Plantão
Policial, onde é determinado a multa, apreensão do objeto e destino a ser
tomado do suspeito ou responsável.
Com ajuda de alguns voluntários, o biólogo está registrando
os locais dos ninhos na região e logo poderá controlar o número de aves que
visitam Santa Fé do Sul. Ainda não existe um grupo próprio para a proteção das
araras, mas cada morador pode ajudar a manter em segurança das aves.
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