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O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma,
alertou que o lixo eletrônico descartado pela indústria do setor ameaça a saúde
humana e a natureza.
O diretor-executivo da agência da ONU, Achim Steiner,
afirmou que "o mundo está testemunhando uma quantidade sem precedentes de
lixo eletrônico".
41 Milhões de Toneladas
De acordo com um novo relatório do Pnuma sobre o assunto, a
indústria do setor gera, por ano, 41 milhões de toneladas de lixo eletrônico de
produtos como computadores e telefones celulares.
E a situação deve piorar nos próximos anos. Os especialistas
dizem que até 2017, a quantidade de lixo eletrônico deve chegar a 50 milhões de
toneladas.
Segundo Steiner, isso representa não só grande parte da
montanha de lixo não reciclável global, mas também, uma ameaça à saúde das
pessoas e ao meio ambiente, devido aos elementos tóxicos contidos no material.
Aproximadamente 90% desse material, avaliado em US$ 19
bilhões, o equivalente a R$ 56 bilhões, é ilegalmente vendido ou descartado
anualmente.
Interpol
A Interpol calcula que o preço da tonelada de lixo
eletrônico esteja por volta de US$ 500. Várias ações para combater o problema
estão sendo aplicadas em alguns países.
O relatório do Pnuma cita a retirada de metais e de outros
materiais de dentro dos produtos eletrônicos, que podem ajudar a reduzir o lixo
produzido, diminuir a pressão sobre o meio ambiente e também gerar empregos e
renda.
A agência da ONU diz que o mercado global desse tipo de
material, indo desde a coleta até a reciclagem, movimenta US$ 410 bilhões por
ano.
Maiores Produtores
Os maiores produtores de lixo eletrônico do mundo, segundo o
Pnuma, são a Europa e a América do Norte, com a Ásia se aproximando
rapidamente.
Já a Ásia e a África são os maiores destinos desse material
descartado. Os países que mais recebem o lixo eletrônico são Gana, Nigéria,
Cote d'Ivoire, ou Costa do Marfim e República do Congo.
Ainda na lista estão China, Hong Kong, Paquistão, Índia,
Bangladesh e Vietnã.
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