Continua após os destaques >>
Um bombeiro envolvido no incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul, que matou 242 pessoas, foi expulso da corporação. Roberto Flávio da Silveira e Souza era sócio da empresa que instalou as barras anti-pânico na casa noturna.
Ele foi indiciado por falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão, porque era funcionário público e tinha uma empresa privada. A função da empresa era adequar os locais para que depois o Corpo de Bombeiros fizesse a vistoria. A legislação que trata da atuação de policiais militares não permite que eles participem desse tipo de atividade, na iniciativa privada.
O caso
O incêndio dentro da boate Kiss no centro de Santa Maria, cidade a 290 km da capital, Porto Alegre, aconteceu na madrugada de 27 de janeiro de 2013. O fogo começou porque, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, um dos integrantes acendeu um artefato pirotécnico — uma espécie de fogo de artifício chamado "sputnik" — que, ao ser lançado, atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da boate. As chamas se espalharam em poucos minutos.
A boate estava cheia na hora em que o incêndio começou, com cerca de 1.000 pessoas. O fogo provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. Os donos não tinham qualquer autorização do Corpo de Bombeiros para organizar um show pirotécnico na casa noturna. O alvará da boate estava vencido desde agosto de 2012, afirmou o Corpo de Bombeiros.
Os sócios da Boate Kiss e os músicos da banda Gurizada Fandangueira são acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul de homicídio doloso. Os réus chegaram a ser presos, mas, no fim de marco de 2013, uma decisão da 1ª Câmara Criminal do TJRS revogou a prisão preventiva e os quatro passaram a responder o inquérito em liberdade.
Destaques >>
Leia mais notícias em andravirtual
Curta nossa página no Facebook
Siga no Instagram