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Para se reproduzir, peixes migram
até as nascentes dos rios, onde encontram águas calmas e limpas,
apropriadas para a desova. Realizado no período conhecido como piracema, quando
vigoram restrições à pesca - oficialmente entre 1º de novembro e 28
de fevereiro, esse movimento dos animais aquáticos contra a correnteza é
naturalmente um processo árduo. Com o baixo nível dos rios, provocado pela
seca, a migração pode ser ainda mais difícil este ano.
Segundo a bióloga Sandra Maria de Melo, professora da Fatec (Faculdade
de Tecnologia) e da Unip (Universidade Paulista) de Araçatuba, a estiagem deve
prejudicar a piracema na região. "As desovas ocorrem durante as cheias.
Portanto, a água do rio precisaria transbordar o seu leito e chegar
até a margem para que os peixes conseguissem fazer isso com segurança
na cabeceira. Com rios secos, é difícil", explica.
Na região, há trechos de recursos hídricos nos quais a seca fez com que as
margens das águas recuassem até tornar visíveis troncos antes submersos.
Exemplo disso é o córrego Lafon, na área rural de Araçatuba, cujas águas
desembocariam no córrego Azul e seguiriam até o rio Tietê. Do Lafon, sobrou
apenas um fio de quase três metros de largura. Pontos do solo antes ocupados
pelo córrego encontram-se rachados e compõem um cenário antes mais comum no
sertão nordestino.
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