A conhecida combinação de drama e adolescência tem ganhado novos contornos no cinema. Histórias fortes e controversas, com assuntos que até então não eram discutidos com o público jovem adulto, se tornaram a essência de filmes e livros. Caso do romance entre adolescentes com câncer de A Culpa É das Estrelas, baseado no best-seller de John Green e, agora, do filmeSe Eu Ficar.
A trama é outra adaptada de um assíduo frequentador da lista de livros mais vendidos — desde seu lançamento, no início de agosto, a obra ocupa o segundo lugar do ranking, logo atrás de A Culpa, de Green. Escrito pela americana Gayle Forman, o livro acompanha o terrível dia de uma garota de 17 anos que se vê entre a vida e a morte após um acidente de carro com a família. No saldo final de lenços de papel utilizados, Se Eu Ficar pode provocar mais choro que A Culpa É das Estrelas. Porém, não chega perto de sua qualidade.
Mia (Chloe Grace Moretz) é um prodígio do violoncelo. Sua paixão pelo instrumento chama a atenção de Adam (Jamie Blackley), o garoto roqueiro da escola, que se apaixona por ela após ouvi-la tocar. Coincidentemente, os pais de Mia (vividos por Mireille Enos e Joshua Leonard) são grandes fãs do rock, que deixaram as jaquetas de couro e a vida louca para cuidar dos filhos. Ao lado do irmão mais novo, Teddy (Jakob Davies), Mia e seus parentes pintam a encarnação da família dos sonhos de muitos adolescentes, com uma vida de liberdade e música no último volume.
A perfeição é interrompida logo no começo do filme por um grave acidente de trânsito, que deixa Mia em coma e seu espírito vagando pelo hospital, enquanto assiste ao desenrolar dos fatos sem conseguir interferir na tragédia. O único poder que ela descobre ter é o da escolha: se quiser ficar e encarar a nova e triste fase de sua família, ela pode reunir forças e sobreviver.