Maquinista confirma velocidade que contribuiu para tragédia de Rio Preto

Maquinista confirma velocidade que contribuiu para tragédia de Rio Preto

Fotos aéreas mostram dimensão do acidente que matou 8 pessoas (Foto: Polícia Militar de Rio Preto)
Fotos aéreas mostram dimensão do acidente que matou 8 pessoas (Foto: Polícia Militar de Rio Preto)

O maquinista da composição que descarrilou e matou oito pessoas em São José do Rio Preto (SP) em novembro prestou depoimento nesta segunda-feira (4) para a Polícia Federal. De acordo com o depoimento, o homem afirmou que estava acima da velocidade permitida, mas achava que aquela era a normal para o trecho. As informações são do Portal G1/TV Tem.

 

O maquinista disse em depoimento que estava a 44 km/h - a velocidade máxima permitida no trecho, que é urbano e tem cruzamento em nível, é de 25 km/h. O funcionário disse ainda que não havia nenhum aviso da concessionária de que ele deveria frear na área urbana, que a ordem era apenas a de não exceder 50 km/h. A informação é do delegado federal José Eduardo Pereira de Paula, responsável pelo inquérito.

 

O maquinista foi indiciado pelo crime de perigo de desastre ferroviário. Os inquéritos das polícias Civil e Federal seguem, mais pessoas devem ser ouvidas e a concessionária também pode ser indiciada.

 

A ALL (América Latina Logística), responsável pela malha férrea na região noroeste paulista, encaminhou uma nota sobre o assunto e "esclarece que o maquinista prestou todos os esclarecimentos à Policia Federal nesta data, reiterando que a composição trafegava dentro do limite de velocidade de segurança do trecho. O maquinista encontra-se afastado das suas funções por licença médica", disse a nota.

 

Relembre o caso

Nove composições carregadas com milho descarrilaram por volta das 17h do domingo, 24 de novembro, no Jardim Conceição, em Rio Preto, atingindo duas casas e afetando outras duas. Foram confirmadas oito mortes, entre os mortos duas crianças (de 2 e 6 anos), quatro mulheres e dois homens. Outras sete pessoas foram socorridas pelas equipes de resgate do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e encaminhadas para o Hospital de Base e a Santa Casa da cidade.

 

Em nota ao G1, na época, a ALL disse que  "a concessionária responsável pela operação no trecho lamenta profundamente a fatalidade ocorrida e se solidariza às famílias e vitimas, a quem dará todo suporte e apoio. Por meio do centro que controla remotamente, via satélite, toda a operação, a empresa confirmou que a composição transitava dentro dos limites de velocidade do trecho. As causas do acidente serão investigadas por meio de sindicância".

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