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Essa foi a descoberta do farmacêutico Alcione Lescano de Souza Júnior em sua tese de doutorado pela Universidade de São Paulo (USP). Para o projeto, ele ofereceu a cobaias óleo de soja, água e sal ou óleo de peixe durante 20 dias. Após isso, elas foram induzidas a sofrer um ataque cardíaco. "O grupo do óleo de peixe apresentou uma área de infarto 23% menor em relação aos outros animais", atesta Souza Júnior, que é professor na Universidade do Estado de Mato Grosso. Houve, em especial, uma perda inferior de células contráteis, aquelas que ajudam a bombear o sangue. "E, nesse contexto, o risco de morte cai", conclui o farmacêutico.
Ao que tudo indica, a gordura benéfica do óleo de peixe deixa as células com mais energia para desempenhar suas funções. Aí, mesmo em situações adversas, como em um infarto, elas continuariam trabalhando. O efeito também traria vantagens no caso de uma cirurgia cardíaca, reduzindo a possibilidade de complicações. Mas, antes de fazer recomendações, é preciso realizar testes em seres humanos.
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