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O
Ministério Público do Trabalho vai acompanhar o caso dos 65 operários que
vieram do Maranhão para trabalhar em Pereira Barreto (SP), mas ficaram sem
local para dormir e sem comida. Por causa disso, o grupo fez protesto nesta
terça-feira (20) e durante a manifestação um homem teve um infarto e morreu. As informações são do portal G1/TV Tem.
Os
trabalhadores devem receber nesta quarta-feira (21) o dinheiro para voltar para
casa. Eles vão passar a noite num hotel que será pago pela prefeitura. O corpo
do homem que morreu será levado ainda esta terça-feira para o Maranhão.
As
malas do operário Francivaldo Silva estão prontas há dias, mas falta o dinheiro
da passagem para voltar para casa. Ele é um dos 65 homens que vieram do
Maranhão para trabalhar em Pereira Barreto na construção de casas populares.
Todos foram contratados com a promessa, de que além do salário, ganhariam
hospedagem e alimentação.
Acordo
que não foi cumprido e desde segunda-feira (20) os trabalhadores estão sem ter
onde ficar e chegaram a dormir na rua. “Colocamos o colchão na rua para dormir,
nunca esperava passar por isso na vida”, afirma Francivaldo.
Na
madrugada desta terça-feira (20), um dos trabalhadores sofreu um infarto e
morreu a caminho do hospital. Segundo os colegas de trabalho, a vítima, de 58
anos, passou mal depois de ser colocado para fora da casa que a empresa teria
alugado. “Perto do hotel ele caiu no chão e pediu para a gente abaná-lo. Daí eu
o levantei quando chamamos um carro, mas ele morreu no hospital”, afirma o
operário Luís Batista Filho.
Alguns
trabalhadores também estavam hospedados no hotel, mas segundo o gerente, as
diárias não estão sendo pagas pela construtora. Em sinal de protesto, alguns
operários montaram barracas em frente à prefeitura de Pereira Barreto. “A
dívida já ultrapassa os R$ 100 mil e não tem como manter os operários aqui sem
o pagamento”, diz Ricardo Lucence, gerente do hotel.
No
meio da tarde desta terça-feira (20), um representante do sindicato dos
trabalhadores da construção e imobiliário de Araçatuba veio até o hotel com
procurações em nome de cada um dos funcionários. Eles assinaram um termo
concordando em receber pelos dias que estão na cidade, mas sem registro em
carteira. “Para essas pessoas seriam pago dias trabalhados no montante de R$ 1
mil, para quem veio de ônibus mais R$ 200 de alimentação, quem veio por conta
irá receber o preço da passagem”, diz Antônio Carlos Pereira Sobrinho,
representante do Sindicato dos Trabalhadores na Construção. Durante todo o dia,
o Tem Notícias cobrou uma resposta da empresa que contratou os funcionários,
mas não houve retorno.
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