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A
morte de um trabalhador em Pereira Barreto resultou no protesto de 64 dos seus
colegas de trabalho nesta terça-feira (20) em frente à Prefeitura. Na noite de
segunda-feira (19), parte do grupo foi despejado de um hotel por falta de
pagamento e ficou desalojado, sem alimentação e sem remuneração da construtora
responsável pela construção do Conjunto Habitacional Pereira Barreto G,
resultado de um convênio entre a prefeitura e a CDHU (Companhia de
Desenvolvimento Habitacional e Urbano). As
informações são da Folha da Região de Araçatuba.
Após o despejo, João Lopes da Silva, de 58 anos, teria sofrido um infarto. Ele
veio do Ceará para trabalhar na construção das residências. De acordo com a PM,
ele começou a passar mal com o constrangimento da situação. Ele chegou a ser
socorrido e foi levado até a Santa Casa da cidade com pressão arterial 20 por
12, considerada muito alta. No hospital o trabalhador não resistiu.
Com a morte, os trabalhadores se uniram para protestar contra a situação.
"Decidimos nos unir depois do que aconteceu e nos manifestar para ver se
temos alguma resposta. Estamos vivendo do jeito que dá, mas não sei até
quando", lamentou o empreiteiro Eduardo Freire da Silva. Um inquérito
policial foi instaurado para apurar o caso.
OUTRO
LADO
Em nota, a prefeitura de Pereira Barreto informou que tanto a contratação, bem
como a remuneração, auxílio transporte, moradia, condições de trabalho, entre
outros detalhes, são de competência exclusiva da construtora e fazem parte de
um acordo entre a empresa e os trabalhadores. No entanto, a administração
municipal disse que mediou o entrave entre ambas as partes e que, caso a
construtora não cumpra sua responsabilidade, dará "respaldo humanitário
para os trabalhadores".
A reportagem tentou ouvir também a construtora, o Ministério Público do
Trabalho e a CDHU, mas não obteve respostas.
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