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A
Polícia Civil de Andradina prendeu na tarde deste sábado um homem suspeito pela
morte das adolescentes Yara Barbosa, 14 anos, e Jhenifer Naiara da Silva, 13
anos. As os corpos das garotas foram encontrados, sem calcinhas, no rio Tietê,
em Pereira Barreto, a cerca de 50 kms de Andradina, onde elas moravam. O corpo
de Yara foi resgatado no dia 14 e de Jhenifer, no dia seguinte. De acordo com o
laudo do Instituto Médico Legal (IML), as duas meninas foram abusadas
sexualmente e morreram por afogamento. As informações são do portal Terra.
O
suspeito foi preso numa cidade do interior do Paraná, cuja localização não foi
divulgada pela polícia por questões de segurança. “Ele será ouvido ainda
neste sábado pelo delegado Tadeu Aparecido Coelho, que viajou ao Paraná para
cumprir o mandado de prisão temporária deste suspeito”, disse Nadir Coelho,
investigadora da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e também mulher do
delegado Tadeu, que é titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de
Andradina.
A
investigadora explicou que a polícia não divulgou o nome do suspeito e da
cidade onde ele foi preso porque teme que a população, revoltada com a morte
das duas meninas, possa tentar fazer justiça com as próprias mãos. Na
sexta-feira, a polícia de Andradina foi acionada para impedir que centenas de
pessoas tentassem linchar o dono de um EcoSport preto, usado pelo suspeito
para levar as garotas ao rio Tietê.
Foi
pela identificação do carro que a polícia chegou ao suspeito pela morte das
meninas. Por meio de câmeras instaladas em casas e no comércio, a polícia
identificou o EcoSport que deu carona para as duas meninas, na noite de 12
de abril. O carro tinha sido vendido ao suspeito, que pagou o veículo com
cheques sem fundos e o devolveu ao proprietário após a morte das meninas. Ao
ver na imprensa as características do carro, moradores tentaram linchar o dono,
achando que ele pudesse ser a pessoa que tinha dado carona às garotas.
Nesta
sexta-feira, 25, o dono e os ocupantes do veículo deixaram o carro no meio da
rua, com as portas abertas, e saíram correndo para se proteger na delegacia,
porque uma multidão queria linchá-los. Por isso, que não estamos divulgando o
nome do suspeito e nem a cidade onde ele foi preso”, disse Nadir. “E acho até
que este suspeito não pode nem ser trazido para Andradina porque aqui
dificilmente teremos condições de suportar uma multidão enfurecida”,
afirmou.
Segundo
a investigadora, a população tem sentimento de que o crime foi brutal e pede
por justiça, mas somente após o depoimento do suspeito preso neste sábado é que
se poderá ter uma ideia do que realmente aconteceu com as garotas. “O que
sabemos é que elas não foram mortas e jogadas no rio, porque o laudo confirmou
água nos pulmões. Não sabemos se esse suspeito estava com outros, se ele afogou
as meninas ou mesmo se as meninas se afogaram quando uma tentou salvar a
outra”, disse. “Tudo começará a se esclarecer a partir de agora”, completou.
Passeata
Dezenas de pessoas, entre amigos e parentes das duas adolescentes, foram às
ruas neste sábado numa passeata que teve início na avenida Guanabara, onde as
meninas desapareceram, e percorreu as ruas do centro da cidade. Vestidos com
camisetas com as fotos das vítimas, os manifestantes carregavam cartazes e
faixas e gritavam frases pedindo justiça. “Acho que deveria haver
pena de morte para quem fez isso com minhas amigas”, disse uma adolescente que
se identificou por Carolina Vieira.
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