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O
presidente do Corinthians, Mario Gobbi, afirmou que o clube não conversará mais
com as torcidas organizadas após a invasão de mais de cem torcedores ao CT
Joaquim Grava, no último sábado. O ato ocorreu após a derrota para o Santos por
5 a 1 no clássico disputado na quarta-feira passada.
"Não
há a menor intenção de diálogo. As coisas chegaram a um ponto em que está
difícil qualquer tipo de conversa, uma vez que o abalo é geral. No
futebol, você nunca diz nunca mais, nem na vida. Mas não há clima para diálogo.
As mágoas são profundas", comentou Gobbi.
O
dirigente também falou sobre outras conversas que a diretoria do clube teve com
as organizadas, no ano passado, e disse que o caso atual foi diferente.
"Nunca invadiram, foi a primeira vez. Vieram aqui fazer protesto lá no
portão e a diretoria de futebol, acertadamente, recebeu uma comissão pra
conversar. Terminou na conversa e eles foram embora."
"Direito
de manifestação é sagrado. Invadir a propriedade, lesionar terceiros e causar
danos ao patrimônio alheio não é. O diálogo era mantido com essa condição.
Quando ultrapassam para a ação ilícita, não há mais diálogo", analisou o
presidente corintiano.
Agressões
e terror
A
invasão do grupo de torcedores revoltados fez o Corinthians viver um dia de
pânico no sábado. Durante mais de três horas, o elenco ficou trancafiado no
vestiário com acesso restrito a comida e bebida.
O
atacante peruano Paolo Guerrero demorou a entrar na sala com os companheiros e
chegou a ser agredido pelos vândalos. Depois de horas de muita pressão e
violência, funcionários, jogadores e dirigentes do clube saíram com a sensação
de que nunca tinham visto algo parecido com o ocorrido.
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