Famílias reclamam de invasão de casas em conjunto de Araçatuba

Famílias reclamam de invasão de casas em conjunto de Araçatuba

Problema acontece no conjunto habitacional Beatriz, em Araçatuba (Foto: Reprodução / TV Tem)
Problema acontece no conjunto habitacional Beatriz, em Araçatuba (Foto: Reprodução / TV Tem)

Depois de conseguir, com muito esforço, comprar uma casa popular, moradores de um conjunto habitacional de Araçatuba (SP) enfrentam dificuldades para se mudar. É que muitas vezes os imóveis têm sido invadidos. As informações são do portal G1/TV Tem.

 

Segundo a polícia, a primeira providência é registrar um boletim de ocorrência, porque como a Caixa Federal já entregou o imóvel, a responsabilidade é toda do proprietário. Muitos desses casos vão para na Justiça. Atualmente, o déficit habitacional de Araçatuba é de duas mil casas e as invasões têm tirado o sono de muita gente.

 

Em uma casa do residencial Beatriz mora uma família, mas o problema é que a verdadeira dona, uma mulher de 81 anos, não chegou a se mudar. Quando ela foi visitar o imóvel pela primeira vez descobriu que as fechaduras tinham sido trocadas e havia pessoas morando no local. A idosa não dar entrevista por medo de algum tipo de retaliação, mas registrou um boletim de ocorrência e procurou a Defensoria Pública para entrar com uma ação de reintegração de posse.

 

Enquanto isso, ela continua pagando o aluguel de R$ 500 por mês, em vez das prestações de R$ 42 da casa própria financiada pelo programa Minha Casa Minha Vida. O problema se repete em outros endereços. Na última semana pelo menos três famílias que receberam as chaves do residencial Beatriz, não conseguiram se mudar. O motivo é o mesmo: encontraram a casa habitada por pessoas desconhecidas. Todos procuraram a polícia e registraram boletim de ocorrência.

 

O residencial Beatriz é o terceiro conjunto construído por meio do Programa Minha Casa Minha Vida em Araçatuba, com 472 casas. Como as chaves já foram entregues a responsabilidade pelos imóveis deixou de ser da Caixa Econômica Federal, que financiou a construção, e passou a ser dos proprietários.

 

Essa briga por imóvel tem se tornado algo comum. No ano passado, moradores do condomínio Porto Real também tiveram casas invadidas. Para evitar dor de cabeça, a aposentada Rita dos Santos se mudou assim que foi contemplada. “Não demorei porque para sair do aluguel era mais fácil. Quem ganha sua casa já deve tomar posse, tem muita gente precisando de casa ainda”, afirma.

 

Segundo dados da Caixa Econômica Federal, em todo o país, cerca de 3,8 mil residências construídas por meio do programa estão sendo ocupadas irregularmente por famílias que invadiram os locais. Só no Estado de São Paulo são mais de dois mil. A estatística leva em consideração apenas as invasões em conjuntos habitacionais que ainda estão em construção e não foram entregues às famílias selecionadas. Nesses casos, quem entra na Justiça pela reintegração de posse é a própria Caixa.

 

Quem teve a casa invadida deve procurar a Justiça e entrar com uma ação de reintegração de posse. O processo pode durar meses, mas é o único caminho para que o verdadeiro dono possa reaver o imóvel.

 

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