Defesa faz levantamento em linha férrea e aponta falhas de segurança

Defesa faz levantamento em linha férrea e aponta falhas de segurança

Descarrilamento em Cosmorama assustou moradores (Foto: Reprodução / TV Tem)
Descarrilamento em Cosmorama assustou moradores (Foto: Reprodução / TV Tem)

A preocupação dos moradores da região noroeste paulista com os constantes descarrilamentos de trens continua. A empresa responsável garante que faz a manutenção da malha ferroviária, mas um estudo da Defesa Civil mostra o contrário, pelo menos no trecho que passa por Catanduva (SP). O trabalho concluiu que a estrutura dos trilhos é mal conservada. O levantamento pode ser uma possível explicação para tantos acidentes. As informações são do portal G1/TV Tem.

 

Em dois meses, o coordenador da Defesa Civil, Guilherme Perez, percorreu os cinco quilômetros da ferrovia que passa pela cidade. Ele fotografou a linha férrea, vagões e dormentes, que são as madeiras que sustentam os trilhos. Inúmeras irregularidades foram encontradas.

 

O estudo também revelou que dos 12 mil dormentes da malha ferroviária que corta a cidade pelo menos 80% estão condenados. E é fácil a gente perceber isso. Em um dos trechos, por exemplo, no lugar de quatro parafusos para fixá-los existiam apenas dois. A madeira está totalmente podre e se solta facilmente.

 

O barulho produzido pelas composições  é transtorno para os moradores. Com um aparelho, o coordenador constatou que a intensidade do som chega a 100 decibéis, quando o limite recomendado é 70. A aposentada Ana Gonzalez convive há mais de 3 décadas com a situação. Com 96 anos, ela conta que a casa chega a tremer quando os trens passam.

 

A Defesa Civil fez um relatório que foi entregue a prefeitura. O município pediu providências à concessionária responsável pela ferrovia. Como nada foi feito um processo foi movido na Justiça contra a empresa pedindo a reparação de todo trecho que passa por Catanduva.

 

O estado de São Paulo possui o maior número de cidades cortadas por linhas férreas do país. Só na região de Rio Preto, aproximadamente 18 composições com cerca de 80 vagões cada, circulam diariamente.

A condição dos trilhos pode ter sido a causa de vários acidentes. No último deles, em Cosmorama (SP) nove vagões saíram dos trilhos. O impacto foi tão forte um deles partiu ao meio. Peças ficaram espalhadas por todos os lados. O estacionamento de uma fábrica foi atingido. Um carro que estava local ficou destruído. Este ano, em Rio Preto, um outro descarrilamento no centro da cidade assustou os moradores assustados. Acidentes que deixam em alerta quem vive próximo ou precisa atravessar a ferrovia.

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