O menino já havia apresentado melhora na quinta (19), de acordo com o hospital. Ele estava consciente, caminhava e comia normalmente. Na manhã de hoje, ele deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e a alta do hospital já era aguardada.
Segundo a polícia, a mãe da criança, Luciana Barbosa, 18, também foi agredida por Almeida. A escrivã de polícia Sílvia Marcos, afirmou que as duas mulheres se conheciam há vários anos e Barbosa foi trazida para trabalhar como babá em Jundiaí, em janeiro.
De acordo com o hospital, a mãe e o menino foram para a casa de uma vizinha da suposta agressora após eles deixarem o hospital. "Ela se sensibilizou com a história e vai dar abrigo a eles", afirmou Claudia Mello, assessora do hospital.
Crime
Segundo a polícia, a vítima e o filho moravam desde janeiro na casa da mulher presa. De acordo com a delegacia, a prostituta disse que trabalhava à noite e que o bebê chorava muito durante o dia, o que a irritava.
Há cerca de duas semanas, "nervosa com o choro da criança e querendo descansar", Almeida começou a agredir a criança com golpes de cabide, de acordo com a escrivã da polícia. Ela também a queimou usando um isqueiro e raspou a cabeça dela, disse. A mãe recebeu um soco no rosto e tinha escoriações.
De acordo com informações da DDM, a mãe não reagiu às agressões, pois era ameaçada com uma faca. A polícia disse que ela e o bebê também foram queimados com um isqueiro, e que a criança teve a cabeça raspada pela agressora.
Transferida
A suspeita, Valdecina Almeida, foi transferida na manhã desta sexta-feira do Distrito Policial de Itupeva (75 km de São Paulo) para uma unidade prisional paulista. A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), alegando motivo de segurança, não informou para onde a suspeita foi transferida.
Valdecina foi indiciada sob acusação de tentativa de homicídio e lesão corporal dolosa (com intenção), mas o Ministério Público pode denunciá-la também pelo crime de tortura, seguindo o entendimento da OAB. O crime de tortura é inafiançável e pode ter a pena aumentada quando cometido contra criança.