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O
aumento de 2,99% no preço de remédios em abril foi a principal contribuição
para a inflação de 0,55% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) do mês. Eles responderam por quase 20% do total da taxa medida
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo
a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, os preços
dos remédios são tradicionalmente reajustados nos meses de abril. No ano
passado, a taxa de inflação dos remédios no mesmo mês havia sido de 1,58%.
Outros
itens que tiveram impacto importante na inflação foram os empregados
domésticos, com aumento do custo de 1,25%, e refeição fora de casa, com taxa de
0,92%.
Por
outro lado, alguns itens contribuíram para evitar uma inflação maior, como a
passagem aérea (variação de -9,12%) e a gasolina (-0,41%). Alguns alimentos
incluídos no decreto de desoneração da cesta básica, de 8 de março deste ano,
também tiveram influência para evitar uma taxa maior.
Entre
os produtos que tiveram desoneração e redução no preço em abril estão: carnes
(-1,78%), frango inteiro (-1,92%), frango em pedaços (-1,58%), arroz (-1,87%) e
açúcar refinado (-4,5%).
“Não
dá para fazer conclusões seguras sobre o impacto da desoneração da cesta básica
na queda dos preços desses alimentos, porque outros fatores influenciam no preço,
como a safra. Mas dá para dizer que houve, sim, algum impacto”, disse Eulina.
Alguns itens tiveram desoneração mas, ainda assim, registraram aumentos de preços, como feijão carioca (9,44%) e pão francês (0,8%). “A pergunta é: será que, se não houvesse a desoneração, esse aumento seria maior?”, questiona Eulina.
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