Deputados
que integram a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara
decidiram nesta quarta-feira (17) se retirar do colegiado como protesto à
permanência do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
Os
deputados do PT que anunciaram a saída são Padre Tom (RO), Erika Kokay (DF),
Domingos Dutra (MA) e Nilmário Miranda (MG). De acordo com Padre Tom, eles vão
comunicar ainda hoje ao líder da bancada, deputado José Guimarães (CE), que
estão fora da comissão. Eles também pedirão ao líder que não indique outros
deputados para suas vagas.
Também
abandonaram a comissão os deputados do PSOL Chico Alencar (RJ) e Jean Wyllys
(RJ) e a deputada do PSB Luiza Erundina (SP). O grupo anti-Feliciano agora
trabalha para a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos,
que funcionará de forma paralela à Comissão de Direitos Humanos.
“A
comissão está inviabilizada por este ano. Não fazia sentido participar das
reuniões e não quero mais polemizar, porque esse cara é um artista e está
tirando proveito da situação para interesses individuais”, disse o deputado
Padre Tom. Ele criticou também a mobilização da segurança da Casa em todas as
reuniões da comissão. “Não se pode paralisar a Casa por causa de um parlamentar”,
reclamou.
“Estamos
saindo para não legitimar os atos do pastor. Não reconhecemos a eleição dele”,
acrescentou o deputado Nilmário Miranda, ex-presidente do colegiado.