A
gestão Geraldo Alckmin (PSDB) vai ampliar o reajuste salarial dos professores.
Docentes e servidores da educação terão aumento de 8% neste ano, em vez dos 6%
definidos em 2011. A decisão tenta compensar a perda pela inflação, que, no
passado, foi de 5,84% (IPCA). Representantes sindicais criticaram. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O governo encaminha na quarta-feira, 17, para a Assembleia Legislativa o
projeto de lei complementar que define os valores. Com os 8%, o piso salarial
de início de carreira, de 40 horas, passará a R$ 2,257,84. O valor de 2013, que
vale a partir de 1.º de julho, representa um aumento de R$ 44,28 em relação ao
previsto anteriormente para o ano. Em 2014, com os 7% de reajuste previsto, o
valor será de R$ 2,415,89.
O reajuste vale para 415 mil servidores. Desse total, 219 mil são professores e
145 mil, inativos. A ampliação do reajuste vai custar R$ 165 milhões aos cofres
do Estado.
O anúncio impacta na política salarial anunciada por Alckmin em 2011, com
reajustes previstos até 2014. Com a atualização de dois pontos porcentuais, o
aumento do salário-base do professores vai variar 44,3%, no período entre 2011
e 2014.
Críticas
A Apeoesp, sindicato da categoria, entende que o reajuste não representa ganho
real. "Pelo menos demonstra que (a política) não vai ficar congelada, mas
o problema é o porcentual. Os dois pontos são vergonhosos", diz a
presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha. "Não houve compensação da
inflação do ano passado e de 2011. Teria de ser, no mínimo, 12% neste para se
falar em ganho real.
A categoria reclama que os porcentuais da política levaram em conta gratificações que já vinham sendo pagas, como os 5% da Gratificação por Atividade de Magistério (GAM). O presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP), José Maria Cancelliero, diz que o pacote do governo foi feito em cima da defasagem. "Mesmo com os 8%, ainda ficam devendo no mínimo outros 3% da gratificação. Sem contar a inflação desde 2011."