Câmara aprova fim de 14º e 15º salários pagos a deputados e senadores

O
plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, por unanimidade, o
fim do 14º e 15º salários pagos todos os anos a deputados e senadores a título
de ajuda de custo. O valor extra somava R$ 53.446,26 para cada parlamentar.
A
partir de agora, os deputados e senadores só receberão salários extras ao
assumir e deixar seus mandatos no Congresso, o que acontece, em regra, a cada
quatro anos no caso dos deputados e a cada oito anos no caso dos senadores.
A
votação acontece numa tentativa de o presidente, Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN), melhorar a imagem da Casa.
A
proposta, apresentada pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, antes de se
licenciar do Senado, vai agora para a promulgação de Renan Calheiros (PMDB-AL),
presidente do Congresso. Durante a votação, o painel eletrônico registrou a
presença de 476 deputados.
Na
Câmara, a proposta ficou parada por meses na Comissão de Finanças e Tributação,
o que permitiu o pagamento do benefício no final do ano passado e na folha de
pagamento deste mês. O fim do 14º e do 15º salários representará uma economia
anual de R$ 27,41 milhões para a Câmara e de R$ 4,32 milhões para o Senado nos
anos do mandato em que não houver o pagamento. O decreto legislativo precisa
ainda ser promulgado e publicado no Diário do Congresso para entrar em vigor.
O
benefício de salários extras para os parlamentares, chamados internamente de
ajuda de custo, começou em 1938. Em alguns períodos ocorria o pagamento também
quando haviam convocações extraordinárias para trabalho em julho e janeiro, o
que levou ao pagamento de até 19 salários em um mesmo ano. Atualmente, o
benefício era pago no início e no fim de cada ano.