Presa professora suspeita de ameaçar médica com "forças sobrenaturais" em Juiz de Fora

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A Polícia Civil mineira prendeu nesta semana uma professora acusada de extorquir R$ 380 mil de uma médica em Juiz de Fora (278 km de Belo Horizonte). A mulher dizia-se pertencer a uma seita internacional denominada "espadachins" e, caso a médica não fizesse os repasses financeiros, "forças sobrenaturais" poderiam causar mal a ela ou a sua filha.


A professora dava aulas particulares para a filha da vítima havia três anos e, segundo a polícia, as ameaças começaram há um ano. Conforme o delegado José Márcio Carneiro, a professora, que lecionava na Universidade Federal de Juiz de Fora, foi presa na última terça-feira (5), após a médica ter procurado a polícia e revelado a história.


A mulher foi detida em uma agência do Banco do Brasil, localizada na cidade mineira, quando se preparava para sacar R$ 30 mil da conta da vítima, que seria uma parcela de um total de outros R$ 180 mil prometidos a ela pela vítima (além dos R$ 380 mil que já havia recebido antes). Os nomes dos envolvidos não foram revelados porque o delegado informou que as investigações são conduzidas sob segredo de Justiça.


Ainda de acordo com o delegado, após a polícia ter tomado conhecimento do caso, a médica foi orientada a armar um flagrante para a autora das ameaças, que vinha tentando obter mais R$ 180 mil da vítima. O diálogo do último encontro entre as duas foi gravado pela polícia. Segundo Carneiro, no áudio, a extorsão foi comprovada.


"Ela conta que fazia parte de uma seita, com ramificações em todo o mundo, mas sediada na França. Com isso, ela vinha ludibriando e manipulando a vítima até que, pouco a pouco, ela foi percebendo que estava sendo vítima de um golpe", informou o responsável pelo inquérito.


Coisas ruins

Na casa da professora, foram encontrados R$ 134 mil em uma caixa de sapatos. O dinheiro, segundo a polícia, seria parte do montante desviado da médica. "Ela queria mais R$ 180 mil. Caso não recebesse esse valor, ela dizia que coisas ruins iriam acontecer com a médica e com a sua filha, inclusive chegou a citar que um acidente fatal ocorreria com elas", afirmou.


A mulher extorquida, segundo a polícia, disse ter tido também receio de a professora cumprir as ameaças contratando alguém para matá-la. "Essa ameaça não era apenas de cunho espiritual. Ela se sentia ameaçada de maneira concreta, física, de que a autora pudesse arrumar alguém para forjar um acidente, ou para dar um tiro nela.


A acusada dizia também que os membros da seita poderiam causar algum mal à vítima porque estavam nervosos com a demora do dinheiro", afirmou. O delegado explicou ainda que a médica apresentava quadro depressivo havia algum tempo, o que pode ter contribuído para ela ceder às pressões da suspeita.


"Ela vinha tendo problemas familiares, o que acarretou em um quadro de depressão. Muitos problemas familiares, inclusive com a filha. Então eu acredito que isso foi um somatório para que ela, de fato, acreditasse nessas ameaças", disse o policial, afirmando que a professora, por ter acesso à casa da vítima, pode ter se inteirado desses fatos e elaborado o plano. "Ela se aproveitou desse momento de fragilidade da vítima", afirmou.


Outro lado

A suspeita negou à polícia as ameaças e a extorsão, segundo o delegado. Ela está presa no Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) da cidade. Carneiro informou que a mulher disse que o dinheiro encontrado em sua casa é fruto de pagamento de joias vendidas por ela à médica e a sua filha.


O inquérito deve ser concluído até o próximo dia 14. Uma segunda mulher está sendo investigada por suposta participação no episódio. A polícia encontrou anotações referentes a depósitos vultosos feitos pela professora na conta da mulher, que seria amiga dela. O delegado declarou que o inquérito deverá ser concluído até o dia 14 deste mês, mas adiantou que a presa será indiciada por extorsão.

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