Moradores reclamam da qualidade de casas construídas em Andradina
MP vai apurar

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Moradores
de Andradina, cansados de reclamar das condições de um conjunto habitacional,
resolveram recorrer à justiça. Agora, o Ministério Público vai apurar por que
os responsáveis não têm feito a manutenção das casas, com problemas graves de
infraestrutura, mesmo com os donos pagando um seguro contra danos físicos nos
imóveis. As informações são da G1/TV Tem.
Rachaduras,
infiltrações, são vários os sinais de desgaste nas casas. Desde que recebeu o
imóvel do conjunto habitacional “Andradina D”, há 20 anos, locutor Edivaldo
Gomes Brito convive com uma série de problemas.
Além
dos defeitos na parte interna, o imóvel foi construído abaixo do nível da rua.
E toda vez que chove, a preocupação aumenta. “São vários tipos de problemas que
a gente vem tendo ao longo desse tempo, e sempre reparando. Ela já foi
construída de maneira errada”, afirma o locutor.
Mas
a paciência do locutor, que paga uma taxa mensal de seguro contra danos
físicos, acabou.
Depois
de muita espera, ele decidiu entrar na justiça, ao lado de outros mutuários.
Segundo o advogado Henrique Ayres, responsável pelas ações, quatro conjuntos
habitacionais passam pela mesma situação na cidade e já são mais de 300
processos. “O que percebemos é que alguns materiais, até de baixa qualidade,
foram empregados na residência. Por isso elas têm o vício de construção, que o
seguro cobre”, diz o advogado.
A
avalanche de ações protocoladas na justiça de Andradina chamou a atenção do
Ministério Público, que instaurou um inquérito civil para investigar se
realmente os materiais usados na construção dos conjuntos habitacionais são de
má qualidade. “Aguardamos a resposta da CDHU, que falará quais casas estão com
problemas. Depois um perito vai ao local para verificar a qualidade das casas”,
afirma o promotor de justiça Renato Kim Barbosa.
O
promotor afirma que a construtora e a seguradora responsáveis pelas obras podem
ser punidas. “No primeiro momento a punição é civil e eles teriam de deixar a
casa segura para os habitantes, tendo a casa reformada”, diz.
Em
nota, a CDHU informou que recebeu nesta segunda-feira (28) o ofício do
Ministério Público e que vai providenciar todas as informações solicitadas pelo
promotor.