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A
técnica de enfermagem Maria do Carmo Medeiros do Amaral, de 55 anos, sofria com
tendinite, e chegou a ter metade do rosto paralisado por conta de um espasmo
facial.
Após
tomar medicamentos, e não obter resultados, ela decidiu seguir a recomendação
de se tratar com as agulhas da acupuntura.
Depois
de 10 sessões, melhorou bastante. “Não preciso mais tomar remédio para a
tendinite, nem para o espasmo. O meu rosto já está praticamente recuperado e
não sinto mais dores”.
Pessoas
como ela fizeram o número de sessões da técnica na rede pública paulista
explodirem. O número de aplicações cresceu quase sete vezes (567%), nos últimos
cinco anos. Foram 264,4 mil aplicações em 2011 (último ano com dados
consolidados), ante 39,6 em 2007.
O
médico que atende a técnica de enfermagem, o ortopedista André Tsai, de 37
anos, é especialista em acupuntura desde 2004. Ele atua no Hospital Geral de
Pirajussara, em Embu das Artes.
De
acordo com ele, a prática vem sendo cada vez mais indicada pelos médicos,
devido aos bons resultados. “O maior motivo da procura é por conta de dor
crônica. A pessoa já está cansada de tomar remédios ou fazer tratamentos
tradicionais, e descobre que a acupuntura pode aliviar essa dor”, afirma.
A
técnica milenar, criada na China, é reconhecida desde 1988 pelo SUS (Sistema
Único de Saúde), mas só em 1995 começou a ser considerada especialidade médica
pelo Conselho Federal de Medicina. Além das dores crônicas, ela vem sendo
bastante utilizada em pacientes com câncer, para reduzir náusea, vômitos e
outros sintomas provocados pela quimioterapia. “É um método seguro, com
poucas contraindicações”, diz Rebeca Cecatto, do Instituto do Câncer.
Maria
do Carmo está na segunda fase do tratamento, e ainda fará mais 10 sessões. Uma
vez por semana, é “agulhada” no rosto pelo Dr. Tsai. Segundo ela, o
procedimento não causa nenhuma dor. “Fico completamente relaxada e, às vezes,
até durmo”.
O
Dr. Tsai avisa que é necessário, sempre, um diagnóstico prévio de um médico.
“Às vezes, uma dor nas costas pode ser reflexo de algo mais sério, como
pancreatite. A acupuntura é uma prática complementar, não podendo substituir o
tratamento médico.”
A
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, criada em 2006,
passou a oferecer à população o acesso à terapias não convencionais. Além da
acupuntura, tratamentos com homeopatia, fitoterápicos, plantas medicinais e
práticas corporais, como o tai chi chuan, passaram a ser disponibilizados no
SUS.
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