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Uma
proposta inusitada chegou à Casa Branca para resolver o problema da dívida
norte-americana, que extrapolou o teto de US$ 16,4 trilhões no dia 31 de
dezembro. Basta ao presidente Barack Obama imprimir uma moeda de US$ 1 trilhão
. A medida ganhou repercussão na internet e ganhou o “apoio” do economista Paul
Krugman, prêmio Nobel de Economia, que disse se tratar de uma ideia “boba, mas
benéfica”. E, no Brasil, isso seria possível?
Segundo
economistas ouvidos pelo iG , não existe barreira legal que impeça o
governo de imprimir, por exemplo, uma cédula de R$ 1 trilhão. Mas, eles dizem,
a medida é ineficiente e pode trazer grandes perdas para a economia, tanto no
curto quanto no longo prazo. “Jogar R$ 1 trilhão na economia brasileira
aumentaria tanto a oferta monetária que os juros disparariam”, diz o economista
André Perfeito, da Gradual Corretora.
Perfeito
explica que, no caso dos Estados Unidos, a medida é menos “maluca”, pois os
norte-americanos “a rigor, não tem problema fiscal”. “Quem tem problema fiscal
é quem não consegue rolar dívida. A dívida norte-americana é altamente
financiável pelo mundo.”
Tharcisio
Souza Santos, diretor do FAAP MBA, diz que não haveria problemas de lastro com
a moeda trilionária. “Hoje, a moeda é fiduciária. O ‘lastro’ é o tamanho do PIB
do país, mas isso é simbólico.”
Já
Felipe Salto, economista da Tendências Consultoria, diz que a medida “não faz o
menor sentido”. “O que importa para a dívida interna é que tenha condições de
ser rolada. Isto é, que o mercado, confiando no governo, continue financiamento
suas ações.”
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