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Uma
britânica de 27 anos morreu de câncer após receber o pulmão de um fumante em um
transplante.
Jennifer
Wederell, que sofria de fibrose cística, morreu em casa, no condado de Essex,
no sudeste da Grã-Bretanha, 16 meses após a operação.
Seu
pai, Colin Grannell, diz acreditar que a filha não teria concordado com o
transplante se soubesse que o doador, um homem de meia-idade, era um fumante
compulsivo.
O
hospital que realizou a operação se desculpou por não oferecer uma opção a
Jennifer.
Jennifer
foi diagnosticada com fibrose cística aos 2 anos, e com 20 e poucos anos passou
a usar um tubo de oxigênio 24 horas por dia.
Ela
estava havia 18 meses na lista de espera por um transplante de pulmão quando,
em abril de 2011, foi avisada de que um doador havia sido encontrado.
Grannell
disse que a família esperou aquele momento por anos e pensava que o transplante
ajudaria a filha a derrotar a doença.
Mas
em fevereiro deste ano, um tumor maligno foi encontrado em seu pulmão.
'Riscos
maiores'
"O
choque imediatamente se transformou em raiva, porque quando os riscos foram
explicados na hora anterior ao transplante, em nenhum momento foi mencionado
que seria usado o pulmão de um fumante", disse Grannell.
"Ela
estava morrendo uma morte que deveria ser de outra pessoa", afirma.
Grannell
criou um grupo no Facebook, chamado Jennifer's Choice (A escolha de Jennifer)
para estimular não-fumantes a se registrarem como doadores de órgãos.
A
administração do hospital onde o transplante foi realizado afirmou em um
comunicado que "é muito raro que os pacientes especifiquem que não querem
receber pulmões saudáveis de fumantes".
"Os
riscos são muito maiores se o paciente recusa um pulmão de um doador fumante e
decide esperar por outro órgão que seja compatível e também de um
não-fumante", diz o comunicado.
O
hospital afirmou, porém, que reconhece que Jennifer deveria ter tido a opção de
escolher. "Pedimos desculpas sinceras pelo descuido", afirma.
"Infelizmente,
o número de pulmões disponíveis para transplante cairia 40% se houvesse uma
política de recusar aqueles que vêm de fumantes. As listas de espera
aumentariam e muito mais pacientes morreriam sem um transplante", diz.
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