O
mercado do boi gordo está travado e a dificuldade no repasse da carne é o
principal fator baixista citado pelos agentes de negócios. Segundo pesquisa do Centro
de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os estoques de carne estão
bem abastecidos em algumas das praças pesquisadas, o que tem
possibilitado que parte dos frigoríficos complete as escalas de alguns dias com
certa facilidade, retraindo-se para novos negócios nos dias subsequentes.
A
disponibilidade de gado terminado é razoável, o que permite uma escala média em
São Paulo de cinco a seis dias úteis. Boa parte das empresas do Estado esteve
fora das compras na quarta, dia 28, e as que ficaram no mercado optaram por
pressionar as cotações, de acordo com levantamento da Scot Consultoria.
Como
reflexo deste cenário, houve queda da referência à vista para o boi no Estado.
Segundo a Scot Consultoria, a arroba está sendo vendida a R$ 97,50. A
pesquisa feita pelo Cepea aponta redução ainda maior. De acordo com o Indicador
do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa (estado de São Paulo), consultado pelo
centro, o boi gordo está cotado a R$ 96,89/arroba.
No
mercado atacadista de carne bovina com osso houve queda de preço para várias
peças. O boi casado de animais castrados ficou cotado em R$ 6,31/kg, recuo de
2,5% em relação à semana passada.
Mercado
do sebo com boa oferta
No
mercado do sebo, não foram registradas alterações. Segundo levantamento da Scot
Consultoria, o preço de referência está em R$ 1,90/kg, sem imposto, no Brasil
Central.
O
valor atual é 11,8% maior que a cotação no início do ano. Em relação à cotação
de 30 dias atrás, o preço vigente é 2,6% menor.
Os
compradores estão cautelosos nas compras, à espera de valores menores. Do lado
da oferta, os abates em bom ritmo têm mantido a disponibilidade boa. Caso os
compradores mantenham as compras lentas, pode haver recuos.