Em 2011,
as mulheres destinavam, em média, 27,7 horas semanais a afazeres domésticos,
mais do que o dobro do tempo dedicado pelos homens (11,2 horas). Na população
ocupada, de 16 anos ou mais de idade, as jornadas se reduzem a 22,3 horas e
10,2 horas, para mulheres e homens, respectivamente.
Os dados fazem parte da pesquisa
Síntese de Indicadores Sociais: Uma Análise das Condições de Vida da População
Brasileira 2012, divulgada hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). O instituto também ressalta o aumento da jornada com
afazeres domésticos em relação a 2006, com maior expansão para as mulheres (1,3
hora). O resultado pode ser atribuído à menor oferta de trabalhadores
domésticos e ao aumento real do rendimento da categoria, acima do verificado em
outras atividades, o que dificulta a contratação desse tipo de serviço.
“Com
efeito, pode-se afirmar que, apesar da participação conjunta de homens e
mulheres no mercado de trabalho, não há uma divisão equânime das tarefas
domésticas, cabendo às mulheres a responsabilidade pela maior parte desse tipo
de trabalho”, constata o estudo.
A pesquisa mostra ainda que o
trabalho doméstico informal vem caindo gradativamente, mas ainda é uma
realidade para seis milhões de mulheres. Em 2006, essas trabalhadoras somavam
6,2 milhões. Segundo o IBGE, essa redução do número de trabalhadoras domésticas
“é resultado de vários fatores, como o aumento da escolaridade das mulheres e
da oferta de postos de trabalho no setor de serviços”.