Produtos: saiba quais são os tóxicos na fórmula

Produtos: saiba quais são os tóxicos na fórmula

Produtos: saiba quais são os tóxicos na fórmula - Fique atenta aos rótulos das embalagens para não cair em furadas / Losevsky Photo and Video/Shutterstock
Fique atenta aos rótulos das embalagens para não cair em furadas / Losevsky Photo and Video/Shutterstock
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A cada ano cresce o número de pessoas que busca o rejuvenescimento em cremes milagrosos. 

Nas últimas duas décadas, o setor de cosméticos no Brasil aumentou aproximadamente 10% ao ano, com mais de 1.700 empresas de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos dividindo espaço nas prateleiras das farmácias e drogarias para disputar a preferência do consumidor. 

Mas, diante da grande variedade dos produtos, fica a dúvida sobre qual deles escolher. "Há tantas opções e ofertas de resultados rápidos que, sinceramente, não sei qual cosmético comprar. Acabo optando pela marca e preço, por ter visto em alguma revista ou na televisão", afirma a auxiliar administrativa Alessandra Noiman.

É exatamente aí que mora o perigo. Segundo Anelise H. Leite Taleb, farmacêutica e consultora técnica da TAVE Farmácia de Manipulação, muitos desses produtos podem conter ingredientes potencialmente prejudiciais à saúde. "São ativos que, quando em contato diário com o corpo, provocam desde irritações e alergias cutâneas ou até doenças mais graves como o câncer", alerta. 

Um das maneiras de tentar fugir dessa enxurrada de ativos impróprios para a pele é conhecer um pouco das substâncias e optar pela prescrição. "No produto manipulado é possível inserir ativos naturais e seguros, fugindo da composição padrão dos industrializados. Além disso, o manipulado oferece outros benefícios. Numa mesma fórmula, por exemplo, pode-se tratar dois ou mais problemas, como envelhecimento, desidratação e manchas", explica a especialista. 

Anelise listou abaixo alguns dos ingredientes mais perigosos à saúde da pele para que você não caia em ciladas; confira:

Conservantes liberadores de formol: muitos cosméticos utilizam na formulação algum tipo de conservante que libera formol na pele. Um estudo realizado no Departamento de Dermatologia da Universidade de Debrecen, na Hungria, e publicado no periódico "Experimental Dermatology", em maio de 2004, revelou que o formol pode contribuir para o aparecimento de câncer induzido pela radiação ultravioleta do sol. Para a segurança do consumidor, é bom observar cuidadosamente os rótulos, procurando as seguintes substâncias: quatérnium-15, diazolidinil hora, imidazolidinil ureia e DMDM hidantoína.

Óleo mineral e outros derivados do petróleo: os óleos minerais estão presentes na maioria dos produtos cosméticos devido à sua propriedade emoliente, ou seja, hidratante para a pele. Entretanto, estudos recentes vêm associando esses componentes ao aumento da mortalidade por diversos tipos de câncer, como o de pulmão, esôfago, estômago, linfoma e leucemia. Isso ocorre devido à presença de um composto chamado 1,4-dioxano, uma substância cancerígena, como relata estudos publicados nos periódicos "American Journal of Industrial Medicine" (Departamento de Epidemiologia, Escola de Saúde Pública, Los Angeles, CA outubro de 2005), "Contact Dermatitis" (Departamento de Dermatologia, Nagoya City University Medical School, Japão, abril de 1989) e "Regulatory Toxicology and Pharmacology", de outubro de 2003). Procure no rótulo palavras como: paraffin oil e mineral oil.

Parabenos: um estudo realizado na Universidade de Reading, no Reino Unido, e publicado em janeiro de 2004 no "Journal of Applied Toxicology", indica que os parabenos apresentam propriedades estrogênicas, ou seja, se comportam como se fossem um hormônio feminino: o estrógeno. O mercado possui conservantes naturais ou mais modernos que demonstraram segurança, permitindo aos formuladores o desenvolvimento de substâncias mais seguras. Os parabenos em produtos cosméticos destinados à aplicação na área axilar (como desodorantes, por exemplo) devem ser reavaliados, pois estudos recentes levantaram a hipótese de que o seu uso nessa região pode estar associado ao aumento da incidência de câncer de mama, o que foi confirmado em teste realizado recentemente. Os parabenos podem ser identificados nas formulações dos cosméticos e desodorantes com diversas nomenclaturas: Parabens, Methylparaben, Ethylparaben, Propylparaben e Butylparaben.

Propilenoglicol: o propilenoglicol é um produto utilizado como diluente de outras substâncias, usado em uma ampla variedade de cosméticos. O perigo no seu uso está ligado aos problemas de pele como alergias e irritações. Um estudo realizado com 45.138 pacientes na Universidade de Göttingen, na Alemanha, e publicado no periódico "Contact Dermatitis", em novembro de 2005, confirmou o potencial sensibilizante (potencial para causar alergias) do propilenoglicol, confirmado também pelo Departamento de Dermatologia do Hospital Osaka Red Cross, no Japão, e publicado no periódico "International Journal of Dermatology", também em 2005. Para saber se o seu produto cosmético contém propilenoglicol na composição verifique a palavra propylene glycol no rótulo da embalagem.

Ureia: um dos hidratantes mais utilizados em cosméticos é a ureia, tanto pela sua eficácia, quanto pelo seu baixo preço. Mas vale lembrar que a ureia é proibida para mulheres grávidas, pois penetra profundamente na pele e tem a capacidade de atravessar a placenta, podendo chegar até o feto em formação ocasionando graves consequências ao bebê. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determina que todas as vezes que um produto tiver na sua composição ureia em dosagens maiores que 3%, ele deve conter no rótulo o seguinte alerta: "não Utilizar durante a gravidez". A ANVISA ainda resolveu proibir a fabricação de cosméticos que contenham em sua composição mais de 10% de ureia.

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