Safra 2013 deve render ano farto para a ALL

Safra 2013 deve render ano farto para a ALL

Com um resultado positivo e dentro do esperado por seus executivos, a ALL Logística fechou o penúltimo trimestre do ano com crescimento de 11,2% na receita líquida, que ficou em R$ 966,3 milhões. No acumulado do ano são R$ 2,7 bilhões no desempenho, um crescimento de 10,7% em relação aos primeiros nove meses de 2011.


Rodrigo Campos, diretor de Relações com Investidores da companhia, explica que o primeiro semestre do ano foi um pouco mais difícil para o setor, com preços baixos e safra de grãos reduzida. “Já neste último trimestre, o recorde do milho safrinha fez a demanda por transporte crescer”.


Segundo ele, o volume do produto colhido este ano é 80% superior ao colhido na temporada passada e deve crescer na safra 2012/13, já que dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apontam crescimento de até 10% no volume de grãos que poderá chegar a 182 milhões de toneladas.


Para dar conta da demanda crescente por transporte de grãos, que atualmente responde por 70% dos negócios da companhia, a ALL investe por ano, cerca de R$ 700 milhões em infraestrutura logística. Uma das principais obras, iniciada em 2009 e que deve ser concluída até dezembro, é o trecho de 260 quilômetros de ferrovia que ligará Alto Araguaia (MT) até Rondonópolis (MT). O custo total da obra é de aproximadamente R$ 850 milhões, dos quais R$ 200 milhões ainda serão empregados na parte final da construção.


Com o desempenho positivo, a perspectiva da ALL é de que o próximo trimestre e os primeiros meses de 2013 sejam de mais crescimento, até porque “a safrinha do milho e o escoamento do açúcar deverão se estender um pouco mais do que de costume”, diz Campos. O início das operações da Eldorado Celulose, cliente da companhia, também deverá impactar os resultados futuros.


Brado e Ritmo

Outras subsidiária da ALL, a Brado - especializada no aluguel de contêiner-registrou crescimento de 24,3% em sua receita, saltando de R$ 49 milhões no mesmo trimestre de 2011 para R$ 60,9 milhões.


Segundo Campos, a companhia que responde por 2% do market share de contêiner no mercado, almeja chegar a 12% até 2016. Com isso, o número de contêineres saltará dos 50 mil para 300 mil. “No Brasil existem poucos contêineres, por isso temos muito potencial para expandir”, prevê o executivo.

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