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Em
intercâmbio nos Estados Unidos, a estudante brasileira Karina Mattaraia, de
Ribeirão Preto (SP), relatou pela internet que tem vivido há dois dias dentro
do porão da casa de uma família americana, onde mora e trabalha no Sul de Nova
Jersey, para se proteger da supertempestade Sandy, que já matou pelo menos 29
pessoas e deixou oito milhões de casas sem energia em todo o país. As informações são do portal G1.
O
porão está vazio e serve de abrigo para cinco pessoas. Para lá, Karina levou
uma mala onde guardou todos os seus documentos e roupas. "A família, por
precaução, comprou um monte de comida para estocar e muita água. Eles também
fizeram cinco panelas de macarrão para o caso de acabar a energia, daria para
uns sete dias", contou a jovem.
Em
frente à casa da família há muita sujeira e folhas que caíram das árvores.
"Os anúncios foram de que as pessoas deveriam voltar para casa, de que não
haveria mais metrô, ônibus, trem, nada", disse.
Karina
é uma das estudantes de Ribeirão que têm enfrentado dificuldades em razão da
passagem da supertempestade Sandy pela Costa Leste americana. A estudante
Patrícia Queiroz precisou sair do litoral de Nova Jersey, onde vive, para se
hospedar em um hotel no domingo (28).
Mesmo
assim, ela está a 50 minutos de onde ocorreu a destruição e ainda teme pelos
riscos. "Era 21h e eu já estava na cama, apreensiva e tensa. Senti a
ventania e a chuva. Senti a cama tremer várias vezes e fiquei apavorada",
contou Patrícia.
Com
as condições climáticas nos EUA, o contato das famílias com parentes em áreas
atingidas fica cada vez mais complicado. "O último contato que fiz com a
minha filha foi na segunda-feira pela manhã. Ela estava deixando a área onde
mora, de frente ao oceano e sem condições. Todos estavam deixando o
local", contou a aposentada Mara Zampieri, mãe de Patrícia, que acompanha
tudo em Ribeirão Preto.
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