Anatel impõe 9º dígito em todo o país para evitar transtornos

2013 será vez do interior do Estado

A decisão de aumentar em um dígito os números dos telefones celulares de todo país terá como objetivo principal manter um padrão nacional para as discagens, segundo relatório técnico da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Hoje, a medida é válida apenas em São Paulo, onde teve de ser criada devido ao iminente esgotamento de novas possibilidades de combinações numéricas para ativação de linhas móveis.

Estudo feito pela reguladora e obtido pela Folha revela que, como a medida teve de ser adotada para os usuários de DDD 11, "estabeleceu-se uma situação de despadronização", "prejudicando a compreensão dos usuários" e "podendo ter como consequência o encaminhamento das chamadas para destinos indesejados", diz o documento da Anatel.

Para evitar que os usuários tivessem dificuldade de completar as chamadas, a agência considerou necessário expandir a medida para todo país, até 2016.

A obrigatoriedade evita que, no futuro, outros Estados precisem ser incluídos no mesmo modelo, cada um a seu tempo, o que poderia criar uma situação ainda mais complicada de entendimento pela população.

A agência defende que este problema pode ser dado como certo, uma vez que é "constante o crescimento da base de usuários do serviço móvel", principalmente por meio da "oferta de novas aplicações e funcionalidades, especialmente com o desenvolvimento das redes 4G".

Ainda de acordo com a proposta montada pela área técnica da agência, o ano de 2013 será aproveitado para que o interior do Estado de São Paulo faça adesão ao uso de nove dígitos nos números dos telefones celulares.

Até 31 de dezembro de 2014, será a vez de o Rio, o Espírito Santo, o Amapá, o Amazonas, o Maranhão, o Pará e de Roraima se adequarem.

Até o fim de 2015, devem ser incluídos os Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.

A inclusão do número 9 diante do telefone ocorrerá apenas em 2016 nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins e Rondônia.

Hoje, o conselho diretor da agência irá discutir se aprovará na integra e sem ressalvas as recomendações do grupo técnico.

 

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