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Por
meio dele é possível realizar videochamadas, enviar SMS, navegar em sites da
internet, descobrir quais são os estabelecimentos comerciais ao seu redor e até
realizar chamadas telefônicas.
Apesar
de executar funções de um celular, ter tela de cristal líquido e câmera de 1.2
megapixel, o aparelho em questão é um telefone público. "Saímos de uma
plataforma que explora só voz para uma que trabalha com serviços", diz
Marcos Aurélio Pegoreti, pesquisador do CPqD responsável pelo aparelho.
O
projeto que transformou o telefone público em uma central multimídia de
serviço, como vem sendo chamado, começou há três anos para tirar os
equipamentos do ostracismo.
A
novidade começa a ser finalizada quando os smartphones, dispositivos que
utilizam intensamente a internet, tornam-se febre nos celulares. Em 12 meses,
eles dobraram a participação e chegaram a 25% das vendas no primeiro semestre
deste ano, segundo a IDC. Para surfar nessa onda, o orelhão também será uma
zona de wi-fi.
Desde
o meio de agosto, há um orelhão multimídia funcionando na sede da Vivo, em São
Paulo. Até o fim do ano, a operadora instalará até dez em outros pontos na
cidade, segundo os profissionais envolvidos no desenvolvimento. A Vivo informa
que, por enquanto, o aparelho não está em fase comercial.
Como
faz parte de um projeto piloto, a maioria ficará em prédios da própria empresa.
A decisão dos pontos ocorre em outubro.
Os
pesquisadores do CPqD e os profissionais da Icatel, fabricante de orelhões
parceira no projeto, devem implementar até o fim do ano, quando encerra a etapa
de desenvolvimento, outras funções, como o 3G e uma aplicação para o aparelho
"ler" bilhetes únicos e cartões de vale alimentação.
À
época das privatizações, a instalação de telefones públicos foi uma exigência
do governo para a concessão da exploração da telefonia.
O negócio não é rentável para as operadoras, porque o custo de manutenção é permanente e as chamadas remuneram pouco.
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