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Sococo
e Ducoco. Além de já deixarem explícito o DNA das companhias nos nomes, as duas
empresas acirram a disputa no mercado da bebida em caixinha, que movimenta
cerca de R$ 340 milhões por ano no país, segundo a consultoria Concept. A água
de coco embalada — criada há apenas 10 anos — já ganhou espaço entre os
brasileiros e vende 65 milhões de litros por ano, superando a comercialização
de energético, produto mais antigo. As empresas falam em tendência de
crescimento de dois dígitos para os próximos anos, aproveitando-se do apelo por
produtos mais saudáveis.
A
Sococo, líder no mercado de derivados de coco no Brasil, vai estruturar o
crescimento com uma nova fazenda de 2 mil hectares em Santa Isabel, no Pará. A
empresa está investindo R$ 120 milhões e pretende duplicar a produção de água
de coco para aumentar sua participação no segmento, que atualmente já é de 53%
do mercado. Isso porque a Sococo também fornece o fruto para a companhia
Kerococo, controlada pela PepsiCo.
Atualmente
a empresa envasa 37 milhões de litros de água de coco por ano na maior fazenda
de plantação de coco contínua do mundo localizada próxima a Belém, que tem 1
milhão de coqueiros. Segundo o diretor comercial da Sococo, Paulo Roberto de
Maya Gomes, até 2016, a Fazenda de Mojú garantirá a produção de 70 milhões de
litros por ano.
Para
dar conta na linha de produção, foram adquiridas duas máquinas para envasar a
água de coco e serão contratadas 100 pessoas. Os novos funcionários se somarão
aos demais 3,7 mil trabalhadores diretos da companhia.
Gomes
acredita que o mercado de cocos está em pleno crescimento e que a demanda
absorverá a produção naturalmente. “Sentimos a necessidade de aumentar a nossa
capacidade de produção porque o consumo de água de coco ainda tem muito
potencial de crescimento. Estimamos que suba pelo menos 12% por ano”, diz.
“Além disso, o poder de compra do brasileiro está mais elevado, o que abre
espaço para o produto na cesta de compras de um número elevado de novos
consumidores”, acrescenta. A empresa faturou R$ 550 milhões em 2011.
Enquanto
isso, a estratégia da Ducoco para abocanhar 10% de participação no segmento de
água de coco em caixinha, que responde por 35% da receita da companhia,
consiste no aumento da capacidade da fábrica em Itapipoca (CE). “Vamos investir
R$ 10 milhões na ampliação para alcançar 35% de participação até 2013”,
contabiliza o presidente da Ducoco Alimentos, Marcos Rosa, que fala em aumento
de 20% do faturamento da empresa nesse ano, para R$ 260 milhões.
Além
das sete fazendas de coco que produzem 28 milhões de frutos por ano, os
produtores independentes também estão na mira da Ducoco para a expansão. “Temos
parcerias que incentivam trabalhadores locais e ajudam a compor a matéria-prima
da empresa”, diz.
A
Ducoco é uma empresa cearense fundada há 30 anos pelo investidor Nelson
Pinheiro. Dono do Banco Brickell, o executivo delegou o comando da companhia de
alimentos ao cunhado Marcos Rosa. “Estou há 20 anos na empresa e o momento não
poderia ser mais favorável para o setor”, afirma.
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