O
operário Eduardo Leite, de 24 anos, teve a cabeça perfurada por um vergalhão de
dois metros de comprimento, na tarde desta quarta-feira, enquanto trabalhava em
uma obra em Botafogo, na zona sul do Rio. O operário estava agachado, no
térreo, quando o pedaço de ferro caiu do quinto andar do prédio, perfurou seu
capacete, entrou pela parte superior da cabeça e saiu pela região entre os
olhos.
O
rapaz sobreviveu e foi socorrido por bombeiros, que cortaram uma parte do
vergalhão na hora e o levaram ao Hospital Miguel Couto, na Gávea (zona sul),
ainda com meio metro do ferro cravado na cabeça. Ele chegou consciente e
falando, foi operado durante cinco horas por três médicos e está internado no
Centro de Tratamento Intensivo. Se a evolução ocorrer como previsto, ele
receberá alta em uma semana.
O
principal risco agora, segundo os médicos, é de que ocorra uma infecção, já que
o pedaço de ferro estava sujo. Os médicos limparam a área atingida, mas não há
garantia de que todas as impurezas tenham sido eliminadas.
Segundo
a direção do hospital, a região cerebral afetada é responsável pelas emoções e
mudanças de comportamento, mas pode ser que a vítima não apresente sequelas. A
três centímetros dali fica a área do cérebro responsável pela coordenação
motora. Se ela tivesse sido atingida, o operário correria o risco de ficar
paraplégico. A um centímetro fica uma região responsável pela visão.