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A
primeira medalha do Brasil em Londres é de bronze, e veio como um presente para
o judoca Felipe Kitadai, que completa 23 anos neste sábado. O brasileiro
derrotou o italiano Elio Verde em uma das disputas de terceiro lugar na
categoria até 60 kg, com um waza-ari no golden score.
Kitadai
tentou tomar a iniciativa no começo, mas o italiano respondia bem nos
contra-ataques e mostrou segurança, induzindo o brasileiro à sua primeira
advertência. E, seguida, Verde quase conseguiu pontuar com uma queda, mas foi a
vez do brasileiro se defender com eficiência. O combate continuou amarrado, e a
decisão foi para o golden score. O brasileiro precisava pontuar apenas uma
vez, e conseguiu um waza-ari logo nos primeiro segundos.
Se
não é uma zebra, a medalha de Kitadai também não era esperada. O brasileiro
entrou no torneio como 11º melhor ranqueado e tinha pela frente uma chave muito
difícil. Quando caiu diante do bicampeão mundial Rishod Sobirov, no entanto,
teve cabeça para voltar à briga por medalha. A vitória sobre o sul-coreano
Gwang-Hyeon Choi, na repescagem, veio de forma emocionante no golden score.
A
medalha coloca Felipe Kitadai no seleto grupo dos medalhistas olímpicos. Na
seleção atual, por exemplo, somente Leandro Guilheiro e Tiago Camilo já subiram
no pódio em uma edição dos Jogos. Além disso, o resultado também apaga de vez o
episódio que o tornou conhecido no ano passado, quando ele “borrou” o quimono
na semifinal do Pan de Guadalajara, antes de sagrar-se campeão do torneio.
Agora
com 23 anos, Kitadai nasceu em São Paulo e mudou-se para Porto Alegre a convite
do bicampeão mundial João Derly, recém-aposentado dos tatames. No começo, morou
na casa do amigo até encontrar um lugar definitivo para ficar e treinar na
Sogipa, clube que defende até hoje.
Conhecido
dentro da seleção pelo jeito extrovertido e brincalhão, ele é o responsável
pelos apelidos, conta piadas e está acostumado a se meter em confusões. Além do
conhecido episódio do Pan, ele chegou a quebrar o dente da frente em um treino.
Os colegas não perdoaram e o apelidaram de Tião Macalé.
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