Paralisação já dura 72 dias e pode fazer com que o calendário seja estendido até 2013
Greve pode estender ano letivo

A
greve dos professores das universidades federais já dura 72 dias e aumenta a
probabilidade de que o calendário letivo de 2012 tenha que ser estendido até o
início de 2013. Na maioria das 57 instituições, a paralisação teve início antes
do encerramento do primeiro semestre. Com isso, quando a greve terminar, será
necessário concluir as atividades para só então dar início ao segundo semestre
de 2012.
O reitor da UnB (Universidade de Brasília), José Geraldo, explica que, quando a
greve for encerrada, o calendário deverá ser reorganizado. “O semestre letivo
não coincide com o ano fiscal. É provável que a gente entre (com as atividades
letivas) em 2013 com a reposição. Mas já vivemos experiências de outras greves
em que foi possível organizar isso de modo qualificado”, disse.
A Agência Brasil entrevistou reitores de instituições das cinco regiões do
país. Eles descartam a possibilidade de cancelar o semestre e apostam na
reposição. Na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), os professores
encerraram as atividades antes da paralisação, mas o semestre não foi
oficialmente finalizado porque a maioria não lançou as notas no sistema. Como
as aulas foram concluídas, o reitor Carlos Alexandre Netto acha que não será
necessário comprometer as férias de janeiro com a reposição – isso se a greve
não se prolongar por muito tempo.