Fim do teto salarial do servidor é retrocesso, diz OAB

O
presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcanti, qualificou nesta
quinta-feira, 21, como "retrocesso" a proposta de emenda
constitucional aprovada em comissão especial da Câmara dos Deputados, que acaba
com os tetos salariais para servidores públicos. A proposta ainda precisa ser
analisada pelo plenário da Câmara antes de ir ao Senado.
"Isso
representa um retrocesso do ponto de vista da gestão pública, daquilo que se
pretendeu quando se instituiu o teto, que era moralizar os vencimentos dentro
de todos os poderes", afirmou Ophir.
Ele
destacou que é necessário se valorizar os servidores públicos com bons
salários, mas defendeu a manutenção do salário dos ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) como valor máximo a ser pago. "É necessário que
todos ganhem bem, mas que haja um parâmetro que é um teto, um paradigma a ser
respeitado, que a nosso ver tem de ser o salário dos ministros do Supremo
Tribunal Federal." Ophir disse esperar que o Congresso aprofunde o debate
e reveja a decisão.
O
presidente da OAB recebeu nesta quinta-feira a deputada Luiza Erundina
(PSB-SP). Eles acertaram a realização de um evento em agosto para homenagear os
advogados que atuaram na defesa de presos políticos durante a ditadura militar.