Ministro das Comunicações diz que ‘lei da mídia’ não atingirá conteúdo

O
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, voltou a dizer nesta quarta-feira,
20, que a proposta de marco regulatório das telecomunicações que o governo
pretende colocar em consulta pública ainda este ano não pretende restringir ou
limitar os conteúdos veiculados pelos meios de comunicação. Chamada
informalmente de "lei da mídia", o projeto busca atualizar a atual
legislação brasileira para o setor, criada em 1962.
"Não
se pode confundir esse debate com o debate sobre o conteúdo dos meios de
comunicação e do jornalismo. O novo marco não deve se aplicar a jornais e
revistas, e questões relativas à liberdade de imprensa e ao direito de resposta
devem ser discutidos em separado pelo Congresso", disse o ministro durante
palestra no 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão. "Abominamos a
censura e o que se chamou de controle sobre a mídia", completou.
Segundo
ele, a intenção de se atualizar um código de 50 anos de idade tem o objetivo de
dar mais segurança às empresas de comunicação, contemplando a evolução da
engenharia dos meios nas últimas décadas. "Não podemos ser guiados por
motivos políticos e partidários. São questões estruturais, alvos de projetos
técnicos durante os últimos dois governos, dos presidentes Lula e Fernando
Henrique", acrescentou.