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Cientistas
europeus e australianos indicaram no domingo ter localizado quatro novos genes
associados à forma mais comum da enxaqueca, o que ressalta o caráter
obrigatório da doença.
As
variações genéticas foram detectadas no genoma de 4.800 pacientes de enxaqueca
"sem aura" (sem sinais neurológicos precursores: transtornos visuais,
por exemplo), a forma assumida por três em cada quatro casos de enxaqueca.
Estas
variações genéticas não foram encontradas, no entanto, no grupo de sete mil
pessoas livres da doença, disseram os pesquisadores. O estudo também confirmou
a existência de outros dois genes de predisposição, em um trio de genes já
identificados em um trabalho anterior.
A
enxaqueca afeta aproximadamente uma em cada seis mulheres e um em cada oito homens
e é causa importante de faltas no trabalho. Os novos genes identificados neste
estudo reforçam o argumento segundo o qual a disfunção das moléculas
responsáveis pela transmissão de sinais entre as células nervosas, no cérebro,
contribui para o aparecimento da enxaqueca, disseram os pesquisadores.
Além
disso, dois destes genes reforçam a hipótese de um possível papel das veias, e,
portanto, das alterações do fluxo sanguíneo.
A
pesquisa, publicada na revista especializada Nature Genetics, foi realizada por
um consórcio internacional dedicado à pesquisa sobre a genética da enxaqueca
(International Headache Genetics Consortium).
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